segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Diário de viagem: um breve relato (parte 2)

Acho que o meu dia em Viña del Mar merece um post a parte, hahaha, então vamos lá.

Desde maio que eu tava louca pra voltar pra Viña, porque daquela vez eu só tinha ~visto~ a cidade a noite e bla bla bla. Dessa vez acordamos relativamente cedo, pegamos e carro e chegamos lá bem na hora do almoço.
O caminho pra lá foi lindo. Primeiro porque estava sol, não tinha uma nuvem no céu e dava pra ver a cordilheira, linda, toda nevada. Depois porque ele fez um caminho diferente um pouco mais longo e íamos parando pra tirar fotos.




Ahn, o mais importante: nesse dia nem tava tanto frio assim \o/

Nossa primeira parada foi Reñaca, uma praia que fica do lado de Viña. A orla está sendo toda reformada pro verão, por isso o caminho estava meio confuso pra chegar até lá. Reñaca é muito praia de rico, haahahaha. As casas que ficam de frente pro mar é tudo casa de celebridade chilena e lá lota na temporada. Isso tudo de acordo com ele, né?
Paramos num restaurante - cujo nome eu LOGICAMENTE me esqueci - com vista pra praia e pedimos dois pratos: um de ceviche e outro chamado 'jardim de mariscos'. Bem gostoso, mas honestamente o do Mercado Central era melhor ;-)
Nem vou comentar do preço, porque né? É chover no molhado, já falei tanto sobre isso nos posts das minhas férias que enfim...
Achei Reñaca uma graça com os barquinhos coloridos aportados no cais e os pelicanos nas pedras. Fora que né? A cor do mar é ALGO!






Mais 10 minutinhos de carro e já estávamos em Viña =)
Estacionamos na beira da calçada perto do mar e fomos caminhando e tirando foto. Tem MUITO cigano em Viña, chega a ser chato de tanto que eles ficam te abordando. E tem muito passeio de carruagem pelas ruas da cidade, aheuaeiauhea. Achei brega, mas até que deu vontade de pagar um mico desses. O legal é que as carruagens tem tipo um mecanismo que recolhe o esterco do animal mesmo quando ele está passeando.

Lembro quando a minha tia me disse que Viña del Mar era um 'Guarujá melhorado' e eu meio que torci o nariz na época. Se for isso, então é um Guarujá um milhão de vezes melhorado!!! Viña é lindo! O Castillo Wulff é lindo, o relógio de flores é lindo, o mar, a vista, o sol... tudo é lindo. E romântico, claro, hahahahaha. Tô louca pra ir pra lá no verão, deve ser uma delícia!






 Todas essas fotos eu tirei do Castillo. A entrada é de graça e a vista é linda. Altamente recomendável.
E logicamente, tirei novas fotos na frente do famoso relógio de flores. Não importa quantas vezes você vá a Viña, tirar foto no relógio é obrigatório, lol.


Tudo isso nós fizemos a pé e contando que durante o caminho nós fomos parando várias vezes, deu mais ou menos uma meia hora. Ahn, uma coisa que eu reparei: os chilenos tomam MUITO sorvete. Tinha sorveteria por tudo quanto é canto, e diferente daqui que só tomamos no calor, lá eles tomam em qualquer época do ano. Palavras dele: mesmo se estiver chovendo, a gente toma um helado. Ok então, né? Hahahahaha.
No caminho de volta pro carro, o sol já estava começando a se por e resolvemos subir nas pedras da praia e esperar até que ele fosse embora de vez. Muita gente faz isso e acho que isso que deixa o clima da cidade tão gostoso.





Lindo né? Mais lindo ainda é que o sol se poe mas continua meio claro ainda, o céu azul e a lua já surgindo... aff s2

- Mas como nem todas as viagens são perfeitas, eu vivi um pouco da 'vida real' de Santiago. E isso inclui trânsito. Sim, trânsito igual aqui em São Paulo. No caminho do aeroporto até a casa dele a gente pegou engarrafamento e numa sexta a tarde quando íamos pra casa da mãe dele. Os santiaguinos são meio kamikazes e mal educados no trânsito. Mal dão seta e já estão trocando de pista, colam na traseira do carro da frente, fazem ultrapassagem pela direita. Os pedestres também são meio loucos, hahahaha.
Mas também foi a única coisa, digamos, fora do comum, que rolou.

De resto, continuo achando o Chile lindo, Santiago mais lindo ainda. E minha vontade de conhecer outros lugares do país aumentou ainda mais.

Pra terminar... uma fotinho da cordilheira na viagem de volta.
Coisa rica!!!




segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Diário de Viagem: um breve relato (parte 1)

Apesar de dar muita saudade, ter namorado que mora em outro país é bom por isso. Quando você menos espera, está separando seu passaporte de novo, fechando as malas e imprimindo a passagem para uma viagem nova, mesmo que ela dure poucos dias. E foi o que aconteceu comigo há umas duas ou três semanas. Depois de quase 3 meses longe dele, finalmente surgiu uma oportunidade de ficar uns 4 dias lá em Santiago. Apesar de ter sido uma viagem curta - e cujo o foco definitivamente não era o turismo - achei legal relatar aqui como foi essa minha segunda vez na capital chilena, pois acabei fazendo coisas e indo a lugares novos. Tentarei ser resumida - a.k.a menos detalhista - nesse relato, então vamos lá:

- Uma das novidades dessa viagem foi conhecer o Cajon del Maipo. Acordamos na 5ª bem cedinho pois ele tinha alguma coisa pra resolver da carteira de moto dele num lugar cujo endereço ficava perto desse lugar.
 O Cajon del Maipo fica há mais ou menos uma hora de Santiago e é o destino certo pra quem curte esses turismos de aventura, esportes radicais e bla bla bla. Mais informações nesse link aqui ou então dá um Google pra conhecer mais sobre o Cajon ;-) 
Nossa primeira parada foi numa espécie de povoado para que ele pudesse resolver seus assuntos burocráticos que, ainda bem, não demoraram quase nada. O dia estava cinza, nublado, chuvoso (longe de mim reclamar, pois depois de 35 dias sem chuva aqui em São Paulo, eu tava era feliz da vida por ver água caindo do céu, hahaha) e muito frio. Ou seja, ideal pra ver NEVE. E ela estava lá, meio ralinha no povoado. Depois pegamos o carro e começamos a subir mais próximo da cordilheira. No caminho, a chuva ia dando uma engrossada de leve e os carros estacionados na rua já começavam a ficar com uma grossa camada branca; bem coisa de filme mesmo. Depois de mais ou menos uns 15 minutos, estacionamos o carro e foi só a gente descer, que floquinhos de neve começaram a cair, awwww. Durou bem pouquinho, mas foi o suficiente pra brasileira jeca aqui ficar (quase) realizada, hahahaha.








Tão vendo esse túnel aí da foto? Pois então, nós atravessamos ele, hahaha. Deu o maior medo, tudo escuro, parecia enredo de filme de terror hollywoodiano/adolescente de um grupo de amigos que vão viajar juntos e começa a acontecer assassinatos estranhos, sabe? Claro que nada aconteceu e a experiência foi no mínimo interessante. A estrada ficava na beira de onde estávamos e poucos carros e caminhões passavam por lá. Também tinha essa espécie dei, sei lá, altar provavelmente em homenagem a pessoas que já morreram ali (ou não). Igual a gente vê em beira de estrada? Então...

O Carlos bem que tentou, mas não nevou o suficiente pra deixar o carro dele branco, tadinho.
Na volta a Santiago paramos numa lanchonete beira de estrada, simplérrima e mandamos ver uma empanada (empanada gigante, by the way) cada um e um chá. Aliás, o chá está para os chilenos como o café está para os brasileiros. Perguntei se eles não tem o costume de tomar café e ele me disse que não, porque a qualidade do café chileno é muito ruim.

- Também fui ao cinema em Santiago. Tá, vocês podem pensar: ahn, grande merda ir ao cinema. Mas pô, era ir ao cinema em OUTRO país e acho isso muito válido.
Fomos nesse cinema aqui que fica num bairro chamado La Reina. Esse bairro, ele me contou, fica numa espécie de morro e diferente daqui de São Paulo ou do Rio de Janeiro, lá quem mora nos morros é o pessoal mais abastado, que tem mais grana. No caminho do cinema eu vi um morro cheio de luzinhas das casas e fiquei com muita vontade de conhecer esse bairro, pois ele disse que é muito bonito e elegante. Quem sabe na próxima viagem, né?
Pois bem, o cinema é enorme, tem trocentas salas, fliperama, máquinas de foto estilo aquelas que tinha nos Playland's da vida e várias opções de comes além da pipoca. O ingresso custou 3.800 pesos (menos de R$4,00), mas porque ele tinha algum desconto x lá. Tinha MUITA gente pra ver o filme e acabamos entrando na fila tarde demais e sentamos num lugar horrível e desconfortável, hahaha. Ahn: e o porta-copos da poltrona não cabia a garrafa de água, ela ficava caindo. ¬¬'
Quase não tem comercial antes do filme e passam poucos trailers também. E a legenda, que assim como aqui também é branca, 'muda de lugar' na tela quando tem algum fundo branco, justamente pra gente poder conseguir ler. Demorou pra fazerem isso aqui também né?
Aaaaahn e o ponto alto da noite: terminou o filme e o que aconteceu? COMEÇARAM A BATER PALMA!!! Pois é...

- Também me levaram pra dançar, hahahahaha. A gente queria ter feito isso na primeira vez que eu fui, mas acabou não dando tempo. Dessa vez fomos eu, Carlos e a Marta, aqueeela chilena que fez o favor de nos apresentar. Fomos buscá-la em sua casa e fizemos uma primeira parada num bar que estava lotado e justamente por isso o dono não deixava mais ninguém entrar. Fomos parar em Providência (se eu não me engano) numa balada chamada Zen. Cacei aqui algum link mas não achei. Enfim, a balada era bem bonita e tocava música eletrônica. Nem lembro quanto pagamos, mas não deve ter sido muito. Tava meio vazia talvez porque estivesse um FRIO DO CARALHO e é muito engraçado ver as chilenas dançando. Elas são todas tímidas e a única menina que tava soltando a franga na pista tinha cara de ser européia, hahahaha. Tinha um chileno tentando um approach na Marta e eu fiquei surpresa de verdade com o respeito do cara. Aqui em São Paulo os manés chegam chegando, te apertando, querendo fungar no seu cangote e enfim... um verdadeiro horror. Esse cara ficou de boa, na dele, conversando com a maior paciência, puxando assunto... comentei isso com a Marta e ela me disse que nem todos os chilenos são assim, que tem alguns que pegam pesado. Vai saber né?

- Apesar de todas essas coisas legais que fizemos, o ponto alto mesmo desse 'bate-e-volta' pro Chile foi no sábado, meu último dia, que passamos em Viña del Mar.
Mas acho que isso vou deixar pro próximo post =)









terça-feira, 28 de agosto de 2012

São Paulo, faz assim comigo não...

Eu nunca pensei que um dia iria dizer isso na minha vida, mas eu ando cada vez mais com ASCO de viver em São Paulo.

Juro por Deus... eu sempre fui uma entusiasta da minha cidade natal. Sempre curti encher a boca pra falar que nasci na Avenida Paulista, o coração de Sampa. Que aqui tem tudo a qualquer hora do dia, da noite ou da madrugada, que não me falta nada, que é a maior cidade do país e por isso São Paulo é foda, me invejem... mas sério, ultimamente eu tenho pegado um nojo, um pavor de viver aqui, que olha...

Do que adianta tudo isso se os paulistanos (e os brasileiros em geral, claro) são mal educados e não estão nem aí de escutar uma merda de uma música qualquer sem fone de ouvido do meu lado no ônibus? Ou se elas INSISTEM em jogar a garrafa de refrigerante vazia na rua, sem a menor preocupação com a sujeira?

Do que adianta viver numa cidade onde o custo de vida é altíssimo? Qualquer almocinho simples durante a semana quando você está no trabalho não sai por menos de R$25,00? Onde pra comprar qualquer apê é quase 100 mil dilmas, as roupas, comida, táxi, produtos de limpeza, enfim... tudo tem um preço absurdo, totalmente fora dos padrões do que seu salário pode bancar? Sim, porque né? Vamos ser honestos? O salário que as pessoas recebem, comparado com os preços de serviços e produtos básicos é mixaria!

Onde pra fazer um trajeto curto de carro, é capaz de levar 1h e meia, porque o IPI do carro reduziu, então vamo todo mundo comprar pra fingir que a economia do país cresceu, a crise mundial não nos afeta e bora lotar as ruas e avenidas da cidade, porque elas ainda não tem trânsito o suficiente. E enquanto isso, o governo/prefeitura/o raio que o parta não investe NADA em transporte público. O ônibus é uma merda e não anda nem no corredor reservado para eles, o metrô não dá conta da quantidade de pessoas que vivem aqui e a CPTM... bom, acho que nem precisa falar da CPTM, que é um sistema de trens falho, que dá problema TODO SANTO DIA. A sensação que eu tenho é de que um grupo de pessoas sabota de propósito os trens da CPTM e depois ficam assistindo por uma TV dando risada dos troxas que precisam desse tipo de transporte. Só isso explica tamanho nível de trollagem!

Uma cidade onde em breve vai ter eleição e não tem UM candidato que sirva, que seja digno de dirigir a maior cidade do país. Não tem um candidato que tenha capacidade, competência e honestidade pra acabar com tudo de ruim que há em São Paulo, tornando isso aqui uma cidade agradável para ser vivida.

Um lugar que cresceu sem planejamento algum, a ponto de um bairro inteiro ter sido construído nas redondezas de um dos aeroportos sem que ninguém fizesse nada. Onde as pessoas mais pobres são obrigadas a viver na beira de córregos, simplesmente porque não tem uma caralha de uma política de planejamento.

Aí você me fala: ai, mas a vida noturna de São Paulo é completa! Sim, é. Mas e aí? O Metrô não funciona 24h, sendo assim você é obrigado a pegar um táxi pra voltar pra casa. A bandeira 2 do Táxi é praticamente um assalto a mão armada de tão caro, sem contar que você corre o risco de sofrer um acidente de carro por conta de algum babaca que saiu do rolê completamente bêbado e além de não respeitar a própria vida, ainda fode com a dos outros, dirigindo que nem um maluco.
Ahn sim: não citei os tais arrastões, que estão tirando da cidade o que ela mais tinha de legal: os restaurantes, com pratos de todas as partes do mundo. Cada vez menos as pessoas querem arriscar suas preciosas vidas (e seu iPhone, jóias, dinheiro) com um bando de adolescentes armados e loucos, né?

Explosões de caixas eletrônicos, seqüestros relâmpagos, furtos, assalto a mão armada, estupro, briga que pode resultar em morte, vandalismo, pixação, impunidade, polícia corrupta, poluição sonora, poluição visual, poluição dos carros e ônibus e motos, motoboys brotando do chão, assaltos em plena luz do dia, seqüestro de pessoas que estão longe de serem milionárias, trotes telefônicos de bandidos que passam o dia inteiro coçando o saco na cadeia, filas intermináveis em todos os lugares que você vai, estacionamentos com preços exorbitantes, caminhões quebrados parando o trânsito, motoboy largado na pista ferido parando o trânsito, enchentes, faróis quebrados depois de uma chuvinha qualquer, bueiros entupidos... precisa de mais?

Onde os rios que cortam a cidade são nojentos, sujos, fedem. As pessoas não sabem como descartar e reciclar seus lixos, porque não tem educação e nem cultura pra isso. O prefeito não se importa, o governador não tá nem aí. Depois vem com lei pra proibir as sacolinhas plásticas nos supermercados, usando um discurso muito bonito citando palavras e expressões como 'sustentabilidade', 'economia verde', 'um futuro melhor para as próximas gerações'.

Na boa, como que vai existir um futuro melhor pras próximas gerações se nada é feito pra isso?
Você vê alguma perspectiva de melhora pra São Paulo?

Porque eu... honestamente não vejo!
Quero ir embora pra Passárgada, ou qualquer lugar que o valha.


terça-feira, 7 de agosto de 2012

Notas de um sábado qualquer

Mais um sábado na vida dessa que vos escreve. Um sábado calorento - totalmente fora do contexto da estação regente, o 'inverno' - com direito a compras na José Paulino seguida de uma longa e dolorosa sessão de tatuagem.

Tatuagem essa que foi feita num famoso estúdio tanto de tatuagem (claro) quanto para ensaios de bandas. O Nimbus, que fica ali na Lapa, pertinho do Metrô Barra Funda.
Mas eu não estou aqui pra fazer propaganda do estúdio ou do tatuador (que por sinal é fodido no que faz) e sim pra registrar minhas impressões durante as duas horas que fiquei sentada na cadeira, enquanto as agulhas rasgavam minha pele imprimindo um desenho que de lá nunca mais sairia.

Fiquei sentada num local privilegiado, de frente para as portas de um dos estúdios de ensaio e com visão também para a porta de entrada e saída do local.
E durante as duas horas em que lá fiquei, eu presenciei:

- um tiozão que não parava de sair de uma das salas que estava rolando um ensaio e indo até a recepção comprar mais uma long neck de Heineken. Usando bermuda cáqui, camisa pólo listrada de azul e branco - por dentro da bermuda, logicamente - e que eventualmente adentrava o estúdio de tatuagem pra meter a carona no meio do trampo do pobre tatuador perguntando coisas imbecis do tipo: dói fazer tatuagem?
E como boa filha de psicóloga que sou, que ama observar as pessoas e criar histórias para essas mesmas pessoas, já logo pensei que provavelmente ele devia ser pai de um dos moleques que estavam ensaiando. E possivelmente a quantidade de brejas compradas devia ser pra ele mesmo, que estava de saco cheio de passar o sábado INTEIRO esperando por seu filho.

- não só vi esse tiozão indo pra cá e pra lá, como vi muitos outros na mesma pegada coxa do primeiro. Alguns assistiam aos Jogos Olímpicos na televisão que ficava na recepção do estúdio enquanto outros ficavam dentro das salas de ensaio. Será que eles também eram pais esperando por seus filhos?

- pude também escutar algumas músicas que eram ensaiadas. As músicas de sempre: Holy Diver, Smoke on the water, Rockin' the free world e aquela encheção de lingüiça dessas bandas que fazem cover de classic rock em um barzinho qualquer da Vila Madalena ou da 13 de Maio. Tão boring...

- entre uma agulhada e outra, vi chegarem outros integrantes de outras bandas chegarem, carregando seus instrumentos, pedestais, caixas, bumbos, pratos, cases de guitarra e baixo, alocando todo seu arsenal musical na recepção, esperando que as salas de ensaio vagassem para que eles pudessem entrar e fazer seu som.

- vi as namoradas dos integrantes dessas mesmas bandas chegarem junto deles. A maioria com aquele aspecto de resignadas e de saco cheio por terem que acompanhar MAIS UM ensaio do seu namorado. Fiquei com dó, de verdade delas. Certeza que o último lugar em que elas gostariam de estar num sábado ensolarado e agradável como aquele era dentro de um estúdio de ensaio, com suas paredes grossas e seu ar-condicionado no talo. Aposto 1 real que elas preferiam estar em casa vendo TV. Ou com o namorado no cinema, no parque, no motel... em QUALQUER LUGAR menos lá.
Aposto que elas todas já sabem a porra do set list de cor, o que torna ter que acompanhar o ensaio, um processo ainda mais moroso.
Na HORA me lembrei da época que namorava um cara que também tinha banda. Naqueles tempos eu até me divertia e fazia questão de ir nos ensaios. Porque ia toda orgulhosa, pra tirar foto, fazer vídeos e enfim... porém, pensando nos dias de hoje, minha paciência pra esse tipo de atividade em casal é -10.

- juro que vi uma das namoradas descritas acima chegando segurando uma camisa masculina num cabide. O namorado dela era meio gordão, então certeza que ele levou a camisa pra poder trocar depois do ensaio, pois ele deve suar tanto, mas tanto, que dá até pra torcê-la depois que terminam suas atividades como músico.

- mas o melhor momento foi na troca de bandas. As que estavam ensaiando a horas dando lugar para as que estavam chegando. Uma das bandas era toda composta por moleques que deviam ter no máximo seus 20 anos, usando bandanas na cabeça, camisetas de banda e saindo do ensaio com aquele olhar de: sou super rockstar, me invejem! Claro que eles estavam acompanhados de suas respectivas namoradas, porém essas com uma expressão mais feliz, provavelmente pensando: sou foda, namoro um cara que tem banda.

E depois de duas horas sentada naquela cadeira, observando tudo isso, a tattoo finalmente ficou pronta.
E eu saí do estúdio com a sensação de já ter visto esse filme antes. Seja com o irmão que tem banda, com o pai que tem banda, com o ex-namorado que tinha banda ou comigo mesma, que costumava ter banda.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Saudade

Saudade é uma coisa que dói, né? E saudade é uma coisa que eu tenho sentido muito, ultimamente...

Saudade dos seus olhos verdes e das bochechas naturalmente rosadas.
Saudade de escutar a sua voz, a ponto de quando eu estou conversando com você pela Internet e você fala uma palavra qualquer, eu consigo até imaginar a sua entonação de voz ao falar aquela palavra.
Saudade de andar de mãos dadas.
De receber carinho nas costas, nos cabelos, no rosto, no braço...
Saudade de te ver fazendo caretas enquanto canta uma música da Dido.
Saudade de pegar o carro e ir até Valparaíso e Viña del Mar. E depois passar no supermercado pra comprar comidinhas gostosas e vinhos chilenos deliciosos.
Saudade de poder te dar um abraço apertado, olhar bem lá no fundo dos seus olhos e falar o quanto eu amo você  e como estou feliz por estar contigo. Mesmo que você esteja em um país e eu em outro.
Saudade de dormir abraçados e no meio da noite, assim do nada você dá uma acordadinha e fala: te amo. Quando você faz isso, minha vontade de te abraçar e de ficar mais perto é tão forte, que eu preciso pensar antes de te abraçar, porque fico com medo de te machucar, hahahaha
Saudade de tentar entender o que você está falando. E dá saudade até de ficar perguntando mil vezes: o que? o que? o que?
Muita saudade de te olhar e ver você piscando os dois olhos - tanto o direito quanto o esquerdo - com uma facilidade invejável.
Saudade de poder beijar a boca, as bochechas, os olhos, a testa... já te disse que beijo na testa é sinal de respeito, né? E eu te respeito tanto...
Saudade de escutar você falando com tanto entusiasmo sobre determinado assunto ou sobre seu país. De escutar você me ensinando coisas que eu nunca imaginei que ia aprender. Eu aprendo tanta coisa com você.
Saudade de você escolhendo o quarto do hotel que a gente ia ficar lá em Calama, todo cuidadoso e me perguntando o que eu achava.
Saudade de tentar te ensinar a dançar forró e você tentar me ensinar a dançar merengue.
Saudade do jeito que você me olha quando estou conversando com os meus amigos, tentando entender uma palavra ou outra que eu digo. Isso que eu acho genial em você... você sempre se esforça pra aprender alguma coisa sobre mim, minha família, meu país ou minha cultura.
Saudade do jeito que você segura a minha mão e me faz carinhozinhos com os dedos.
Saudade do barulho que você faz quando eu te faço carinho. 'Hmmmmmm'.
 Muita saudade de escutar você falando 'vai tomar no cu' com um sotaque tão engraçado e tão lindo ao mesmo tempo.
Saudade do nosso primeiro encontro, de você meio sem jeito quando eu te dei um abraço lá na porta do hostel. E saudade também da ansiedade que eu tava sentindo antes de você chegar. Como que eu poderia imaginar que isso ia acontecer comigo?
Agora eu vou sentir outro tipo de ansiedade: ansiedade de quando eu estiver chegando no aeroporto de Santiago pra te encontrar depois de meses longe de ti.
Saudade das cositas e cariñitos ricos, que são uma das melhores coisas desse mundo.
Dá saudade até dos lugares que eu não te levei pra conhecer aqui em São Paulo, mas que eu te levarei, como a praia.
Saudade de você me chamando no Gmail e falando: 'amor, cometi uma loucura. Comprei passagem pra São Paulo, chego no dia 16/05'. Quando você me contou isso, eu quase gritei de tanta felicidade. Nunca ninguém fez algo parecido por mim.
Sinto muita saudade de arrumar a sua cama do lado da minha. Uma cama que acabou nem sendo usada, tamanha era a nossa vontade de estarmos pertos um do outro, que acabamos dormindo apertados na minha cama de solteiro.
Saudade da ansiedade de te ver chegando no aeroporto aqui de São Paulo. Foi um dos dias mais longos da minha vida, sabia?
De te levar pra passear pela minha cidade, te apresentar aos meus amigos, a minha família...
Saudade de quando você começa a falar rápido, eu não entendo e você com a maior paciência desse mundo, respira fundo e começa tudo de novo, falando devagar e perguntando: me entende?
Morro de saudade de acordar de manhã e dar de cara com você, todo despenteado falando: deita aqui perto de mim, porque assim eu me sinto como se tivesse tudo.
Saudade de você indo me buscar no terminal de ônibus em Calama. E saudade do nosso jantar no dia de las mamas, no restaurante com a moça gordinha cantando alto bem do nosso lado.
De ver você chorando, triste porque não queria ir embora.
De escutar Jorge Drexler na sua cama.
De subir no Santa Lucia com você.
De comer sushi, beber vinho no terraço do seu prédio. Aliás, eu MORRO de saudade de escutar você falando: Bamos a beber un Bino. Hahahahahaha.
De amassar as paltas enquanto você descasca os tomates pra me fazer um completo delicioso na minha última noite na sua cidade. Na cidade que me encantou não só porque ela é linda, bem cuidada, cheia de árvores e bla bla bla. Mas porque foi lá na sua cidade que eu conheci você, que mudou a minha vida de uma hora pra outra, que me fez sentir coisas que estavam guardados dentro de mim há tanto tempo que cheguei até a pensar que não iria sentir isso por mais ninguém.

Caralho, eu tenho saudade de tanta coisa, mas tanta coisa que poderia ficar até amanhã escrevendo...
Mas eu não vou fazer isso! Não vou porque eu sei que logo logo vamos estar juntos de novo. Pra fazer tudo isso que eu escrevi... e muito mais!



segunda-feira, 30 de julho de 2012

Diário de Viagem - Dicas, conselhos etc etc etc

Seria muita pretensão da minha parte querer dar dicas, conselhos ou qualquer coisa do gênero sobre meus poucos dias em Santiago e San Pedro do Atacama??
Enfim... apesar de ter ficado só 10 dias viajando, resolvi montar esse 'guia' sobre preços, nomes dos lugares que eu fui e etc. Claro que pra montar isso, eu guardei quase todos os papéis e comprovantes, então vamos lá:


ONDE ME HOSPEDEI:
Como eu disse logo no primeiro post sobre Santiago, eu fiquei no Andes Hostel. Fiz a reserva pelo Hostelbookers e recomendo. Não tive nenhum problema com reserva nem nada. Mas lembrando que quando você reserva pelo Hostelbookers, é pago uma taxa de 10% em cima do valor total da mesma. Essa taxa vem na fatura do seu cartão de crédito, mas é preciso pegar o valor desses 10% e fazer o cambio em libras, porque o site é de lá. Mesmo assim, essa taxa é ridiculamente barata, então acho que vale a pena. Foram 5 noites e paguei US$81,00 pagos logo quando você faz o check-in. Ahn: e se você vai embora antes, eles não devolvem a diferença, viu? Acredito que o pagamento só possa ser feito em dólar, mas é sempre bom enviar um e-mail antes pra não chegar desprevenido né? Alguns funcionários do Andes falam português e todos eles falam inglês. O hostel tem café-da-manhã e toalha inclusos, o que é ótimo, pois te poupa essa graninha.
O Andes é o hostel ideal pra quem tá indo viajar sozinho, porque todas as noites eles oferecem eventos no saguão. Noite do karaokê, noite do hot dog, noite de filmes, de churrasco... a não ser que você seja muito anti-social ou realmente não queira interagir com ninguém, dificilmente vai ficar sozinho(a).

Já em San Pedro, eu fiquei no Campo Base. Mesmo esquema, também reservei no Hostelbookers, com toalha e café-da-manhã inclusos. O pagamento é feito na hora do check-out, mas acho que se você quiser já deixar pago, não tem problema. O que foi legal foi que eu tinha reservado 5 noites, mas como eu resolvi ir embora uma noite antes, os caras me cobraram 4 e não 5 noites, diferente do Andes. 4 noites = 44.700 pesos chilenos, o que dá mais ou menos uns R$176,00.
Ao contrário do hostel de Santiago, o Campo Base não tem eventos sociais. Mas acho que isso não acontece só lá e sim em todos os hostels de San Pedro. Como os passeios duram o dia todo e a gente acorda muito cedo, então honestamente, ninguém lá tem muito pique pra fazer as coisas. No máximo um dos barzinhos da cidade e olhe lá. O pessoal em San Pedro costuma dormir meio cedo.

ONDE E O QUE COMER:
Comer em Santiago é MUITO barato. Bom, na real tudo lá é muito mais barato se for comparar com São Paulo, né? Obviamente que não vou lembrar de todos os restaurantes que comi e muito menos os preços de tudo, mas o que mais me chamou a atenção foi o preço que paguei em um prato de ceviche, um de marisco e uma garrafinha de vinho branco lá no Mercado Central. R$28,00!!!
Em San Pedro é um pouquinho mais caro, mas não tãããão mais caro. A maioria dos restaurantes de lá servem o menu: duas opções de entrada, duas opções de prato principal e duas opções de sobremesa. Mais uma taça de vinho ou de pisco sour, dá o equivalente a uns R$28,00 também.

Os chilenos comem muita coisa com choclo (milho), pollo (frango), palta (abacate). Se você for a um restaurante, pedir o menu e ler a palavra 'picoteios', não se assuste: picoteio lá é tipo entrada, coisinhas para beliscar. Ou como eles falam lá: para picar.
As empanadas de lá são IMENSAS. Quando estava lá no Cerro San Cristobal pedi duas empanadas e me arrependi. Uma só é o suficiente, a não ser que você coma muito, claro. Tanto as empanadas quanto os completos são opções gostosas, rápidas e baratas pra você matar a fome durante o dia. Tem em qualquer esquina de Santiago e de San Pedro.
Em Santiago, é tipo, OBRIGAÇÃO comer mariscos/frutos do mar lá no Mercado. Só cuidado quando eles tentarem te vender um prato que eu esqueci o nome (claro), mas que é tipo um caranguejo gigante. Custa uns 100.000 pesos e quase não tem 'carne' no bicho. E se eu fosse você, comeria na marisqueria do Tio Lucho. Fica mais escondidinho, no número 88.

Pra beber não tem segredo. O Chile, além dos deliciosos vinhos, tem várias cervejas riquíssimas. Sem contar o tal do mote con huesillos que eu tanto falei aqui, né? Mas me parece que o mote só é vendido na época do calor. De qualquer maneira, não custa perguntar.
Outra dica importante pra quem, assim como eu, ODEIA água com gás: aqui no Brasil a água com gás tem o rótulo vermelho e a sem gás, rótulo azul. Lá no Chile é ao contrário ¬¬'. Tive que errar umas 3x até aprender.


MEIO DE TRANSPORTE:
Eu andei só 2x de metrô lá e não lembro quanto foi a passagem. Mas se você tá afim, ande de táxi porque não sai caro MESMO.
Quando eu cheguei em Santiago, peguei um táxi do aeroporto até o centro e paguei US$35,00. Peguei o táxi oficial, os guichês ficam bem na frente quando você desembarca, não tem como não achar. Você se dirige até um guichê, fala o nome da rua pra onde você vai, a mocinha dá o preço, você paga e um funcionário identificado que te leva até o carro.
Se você quiser economizar, pode tomar um Transvip. É tipo uma van que cabe 6 pessoas dentro. O custo: 11.000 pesos chilenos (R$44,00).

Em Calama eu não me lembro quanto paguei no Transvip do aeroporto até o terminal de buses, mas deve ter sido bem mais barato que em Santiago. O ônibus até San Pedro custou 2.500 pesos chilenos. O ônibus da volta (San Pedro - Calama) custou 2.900 pesos.


PASSEIOS:
Aqui não vou falar muito sobre os lugares que eu fui (já fiz isso nos posts anteriores), mas sim vou passar os preços pra ter mais ou menos uma noção.
O nome da agência onde fechei meus passeios em San Pedro é a Maxim Tour, que fica na rua Caracoles 174C. A Caracoles por sinal é a rua principal de San Pedro.
Os passeios pras Lagunas, o Salar de Tara e os Gêiseres deu um total de 100.000 pesos. Todos os passeios incluem café-da-manhã (o Salar de Tara também inclui almoço), porém esse valor é separado das entradas. Pra entrar nos Gêiseres, eu paguei 5.000 pesos. Das lagunas 6.500, do Valle de la Luna 2.000 e do Salar de Tara 50.000 pesos. A agência dá um desconto de 10% se você fechar um pacote com eles.
Ahn outra coisa: o Valle de la Luna paguei separado, porque fechamos esse passeio primeiro e só depois que fechamos os outros. Mas o valor do passeio pra lá sai 8.000 pesos. Acredito eu que os preços dos passeios não mudem muito de uma agência pra outra. Dê uma pesquisada antes.
Dê uma pesquisada também sobre os outros passeios. Eu fiz o básico, mas lá no Deserto também tem as Lagunas Cejar, um tour astronômico (durante a noite pra um observatório ali perto), Ojos de Salar, escaladas em vulcões como o Licancabur, enfim... tem mais um monte de coisa legal pra fazer.

E outra coisa: pra quem quiser estender um pouco a viagem, em San Pedro é possível fechar um passeio para o Salar de Yunni. O Salar de Yunni fica na Bolívia e você pode fechar a viagem numa das várias agências que ficam em San Pedro. Logicamente que só as agências dos bolivianos que fazem esse passeio. Eu não fiz porque fiquei com medo de não gostar, de ser muito roots... foi minha primeira viagem esquema mochila nas costas, então achei melhor pegar meio leve hahahaha. Mas o Yunni deve ser INCRÍVEL! Vi fotos no Google e com certeza irei pra lá ano que vem. Pelo que me falaram, são 3 dias de viagem com algumas paradas e talz...
Já em Santiago e falando sobre o La Chascona: a entrada custou 3.500. Some aí mais 3.000 que gastei na lojinha de souvenirs. O funicular pra subir no Cerro San Cristobal custou 1.800. Eu optei por subir direto, sem descer no zoológico. Se você quiser parar no Zoo, sai um pouquinho mais caro.

Sabe a tal da montanha russa estilo carrinho de rolemã que o chileno me levou? Pois é, eu dei um google aqui e achei o nome: Vertigo Park. Dá uma olhadinha no site, mas achei bem bacana porque não é um passeio que se encontra nos guias clichês do Chile. Não pagamos nada pra entrar, mas a voltinha na montanha-russa saiu por 3.000 pesos cada.
Não sei mesmo quanto custa a passagem de ônibus de Santiago pra Valparaíso e/ou Viña, mas não deve ser caro... e a viagem vale a pena, como eu já relatei no post sobre o dia que fui pra lá.

Teve um passeio mega tradicional em Santiago que eu não fiz e me arrependo por isso. São os tais cafés con piernas. Dêem um Google e procurem mais sobre o assunto, porque eu realmente não sei do que se trata.

Uma coisa que eu achei bem legal em Santiago é que lá na Plaza de armas tem uns guias turísticos usando camisetas vermelhas escrito FREE TOUR. Se você fala inglês bem, é só colar com esse grupo e fazer um tour a pé e de graça pela cidade. Coisa que não se vê aqui em São Paulo, né? Eu não fiz esse tour, mas peguei alguns folhetos na recepção do hostel e guardei comigo. É só você dar uma perguntada que você descobre. O pessoal da recepção dos hostels também sempre tem dicas sobre bons restaurantes, lanchonetes, bares, passeios.
Lá em Santiago eles fazem o famoso 'pub crawl', igual que tem aqui em São Paulo. No Andes tinha bastante divulgação sobre isso e fiquei bem com vontade, mas acabou que não deu tempo. Enfim, tem muita coisa pra fazer, MESMO. Sem contar as vinícolas e as estações de esqui, né? Eu não fui nem em uma e nem em outra, mas fica aí também a dica. Bares, restaurantes, cafés com mesinhas na calçada... Santiago é tipo São Paulo, só que menor e muito mais bonita!



COMPRAS:
Não vou nunca cansar de repetir que fazer compras em Santiago é MUITO barato. Alô mulherada: se joguem sem culpa nas milhares de lojas de departamento espalhadas pela cidade. Compre casacos, bolsas, perfumes, maquiagens, esmaltes e tudo mais que gostarem e se deliciem com os preços. Eu ainda não acredito que consegui comprar dois lindos casacos por R$200,00.
Outra coisa que é bem barato por lá são os sapatos. Quando eu fui estava a maior moda de botas dos mais variados modelos e tinha também muitos daqueles coturninhos, só que com o cano mais baixo, nas vitrines. Vi botas por R$70,00, sem brincadeira. Também comprei aquelas coisas bem clichês tipo imãs de geladeira (comprei uns LINDOS em Valparaíso, recomendo), e claro, muitos postais!!!

Em San Pedro a dica é comprar artesanatinhos clássicos: meias de lã de lhama, ponches, aquelas touquinhas tipo do Chaves, luvas, bijous de cobre ou prata, bala de coca, porta retrato com madeira de cacto, lhaminhas de pelúcia, cartões postais... dá pra fazer a festa e trazer mimo pra todo mundo, se você for desses/dessas. Além da passarela com várias barraquinhas vendendo os presentinhos, na cidade também tem várias lojas bem bacanudas com roupas lindas. Vale muito a pena dar uma fuçada. O chileno me disse pra tomar cuidado com os vendedores, porque eles tentam passar a perna nos turistas, cobrando mais caro nas coisas. Mas sei lá, eu não me senti lesada em nenhum momento. As etiquetas com os preços estavam lá, não tinha como eles enganarem. Claro que nem tudo é tão barato assim, as bijous por exemplo são bem, bem caras. Mas tem coisas com preços pra todos os gostos e bolsos.

Bom... acho que basicamente é isso.
Me encantei pelo Chile, pelas pessoas (tanto me encantei que voltei namorando, néam?), pela comida, pela educação, pela beleza, pelas paisagens... e espero voltar muito, MUITO em breve!




segunda-feira, 23 de julho de 2012

Diário de Viagem 13/05 - Calama - Santiago - São Paulo

Voltar de uma viagem é sempre ruim. Voltar de uma viagem que foi perfeita, que te mostrou paisagens maravilhosas, que te apresentou a pessoas queridas e especiais é pior ainda. Por isso, quando o despertador tocou logo cedo, avisando que era hora de tomar um banho rápido, pegar as coisas e correr pro aeroporto, eu senti um gosto amargo na boca. E não era do mau hálito matutino não, hahaha. Já era a deprê pós viagem começando a bater.

Enfim... tomei um banho, liguei pra recepção e pedi que eles me chamassem um táxi para as 8 da manhã. Meu vôo era só as 10 e o aeroporto fica bem perto do hotel que eu estava. E sabia que seria essa uma looonga viagem, porque nosso vôo ia chegar em Santiago lá pelas 11:00 e só íamos embarcar para São Paulo as SEIS DA TARDE!!!
Cheguei no aeroporto e não tinha quase ninguém. Na real, o guichê da Lan ainda estava vazio, só uma meia dúzia de gringos esperando pra fazer o check-in. Minha tia chegou um pouco depois de mim e aí já estava tudo certo para despachar as malas e embarcar.




O vôo até Santiago foi rápido e tranquilo. Não teve tanta turbulência como na ida e rapidamente já estávamos descendo no aeroporto da capital chilena ainda sem saber o que fazer. Eu sou meio desesperada com essas coisas de perder vôo e tava com medo de perder o avião pra São Paulo e bla bla bla. Ainda bem que minha tia estava comigo, porque ela me convenceu a pegarmos um Transvip até o centro para darmos uma passeada básica e depois voltar a tempo pro aeroporto.
Coincidência ou não, na nossa van estava o brasileiro que fez o passeio conosco para as lagunas altiplânicas. Ele desceu antes de nós (por sinal, ele se hospedou no mesmo hostel que eu) e quando o motorista perguntou onde queríamos ficar, eu disse: pode deixar a gente no Paseo Huérfanos.

Saltamos da van. O dia estava beeem frio e nublado em Santiago, uma delícia. E as ruas vaziassas, a maioria das lojas fechadas. Andamos meio sem rumo. Paramos numa perfumaria e ficamos um bom tempo lá escolhendo maquiagens, esmaltes e outras coisinhas. Sentamos numa mesa de um café bem simpático na calçada e dividimos um crepe e cada uma tomou um chocolate quente.
Andamos mais um pouco. Uma muvuquinha na Plaza de Armas em comemoração ao dia das mães.

Passamos em frente a uma das diversas lojas de departamento de Santiago, resolvemos entrar e fizemos compras! Um monte de casacos, cada um mais lindo que o outro, ficamos hooooras e hooooras lá provando, provando, provando... eu acabei comprando dois. Um preto com capuz e um roxo, os dois com botões. Sabe o preço? O equivalente a R$200,00. Sabe quando que você compra UM casaco que seja por 200 dilmas aqui em São Paulo??? Então... por isso que eu aconselho. Se você vai pra Santiago, não compre casacos aqui pra levar pra lá. Leve um ou dois que você tenha e goste e compre tudo lá! Vale muito mais a pena.
No final das contas ter feito esse Hzinho em Santiago foi bom, porque fiz umas comprinhas básicas, coisa que não foi possível fazer 9 dias antes, por conta da logística da mochila e etc.

Pegamos um táxi na Plaza de Armas em direção ao aeroporto. Dividindo em duas pessoas saiu acho que 12 mil pesos pra cada uma, ou algo assim. Embarcamos direto (nossas malas já tinham sido despachadas pra São Paulo lá em Calama) e fomos, CLARO, para o Duty Free.
O Free Shop de Santiago é bem grandão, mas não difere muito do daqui de São Paulo. O daqui tem produtos M.A.C e o de lá não. Mas o de lá tinha os perfumes da Shakira e o daqui não tinha. Lá também não tem Victoria Secret... sei que gastamos uns bons minutos (e uma boa grana) lá no Duty Free.

Tudo certo, tia e sobrinha com zilhares de sacolas nas mãos, embarcamos para o nosso vôo rumo a São Paulo. As duas com o coração na mão, querendo ficar mais alguns (vários) dias, claro.
Mas foi isso... o vôo de volta foi bem tranquilo também. Apesar de estar muito ansiosa pra rever minha mãe, meu irmão e meu pai, sinto que meu coração ficou lá no Chile.

E por isso pretendo voltar em breve!

Hasta la vista mi Chilenito querido =)