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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

2012: um balanço

Eu sempre tive um certo preconceito com anos pares. Parece besteira, mas é uma coisa muito minha. Meu ano de 2008 por exemplo, foi o pior ano de toda minha existência. Fui mandada embora de dois empregos, meu namoro terminou - e isso significou a fossa mais pesada que eu já passei e que perdurou até quase o final de 2009 - e nem a minha viagem pra Buenos Aires com os amigos pra ver o show do Motley Crüe foi o suficiente para apagar essas memórias ruins.

2010 também foi um ano bem mais ou menos. Valeu por ter emagrecido pra caramba naquela época e talz, mas sei lá... parecia que faltava alguma coisa. Essa história de ter ficado enganchada com alguém que nunca soube o que quis de mim, foi minando as minhas forças. Foi um ano pesado por causa do TCC, vários finais de semana trancada dentro de uma cozinha com mais 5 pessoas, correndo pra entregar o trabalho que ia definir minha nota mais importante na universidade.

Mas em 2012 tudo foi muito, muito diferente. Mais diferente do que eu poderia imaginar. 
Em 2012 eu conheci gente nova. Gente de outros países, de outros continentes. Conversei muito com eles, troquei informações, aprendi coisas novas, gastei meu inglês e ouvi inúmeros elogios em relação a ele. 

Em 2012 eu voltei a ter contato com gente que eu não via fazia tempo. Me afastei de quem me fazia mal, me atrasando emocionalmente. Demorou, mas eu finalmente consegui deixar de lado e esquecer. Se não deu certo nesse tempo todo, então é porque jamais daria, ué. Simples assim.

Em 2012 eu tirei minhas primeiras férias desde 2005. Consegui juntar dinheiro, comprar passagens, reservar hostels, tudo por conta própria. O que pra mim, Ana Clara, foi um feito muito grande já que eu sempre fui muito mimada e sem iniciativa alguma. Conheci um país novo, lugares inacreditáveis, paisagens maravilhosas, comi coisas diferentes e de quebra conheci O cara. 

Graças a esse cara, em 2012 eu voltei a sentir coisas que eu achei que estavam enterradas em mim debaixo de uma montanha de sentimentos mal resolvidos. Tive que reaprender meu espanhol, e agradeço DE VERDADE por todas as aulas que tive durante 9 anos da minha vida escolar. Finalmente elas me serviram para alguma coisa. 

Em 2012 eu quebrei meu preconceito com o Rio de Janeiro ao passar um feriado maravilhoso ao lado de pessoas super queridas. Curti a praia, tomei mate com limão, fiz balada carioca... tudo isso com direito a ficar hospedada no pé de uma favela em Copacabana. Quem diria...

Também viajei muito em 2012. Ahn, mas você só viajou sempre pro mesmo país, Ana, alguém vai dizer. Sim, viajei 3 vezes pro mesmo país. Mas a cada viagem, eu voltava com uma bagagem cultural e emocional GIGANTESCA. Conheci pessoas lindas, tomei cervejas diferentes, tirei milhares de fotos... um misto de sensações que sei lá como explicar...

Saí pouco de balada em 2012. Mas não me arrependo de ter ficado meio isolada esse ano. Valeu a pena pra poder juntar dinheiro e passar por tudo que descrevi no parágrafo acima. Acho que mudei em relação a minha vida noturna e isso foi bom. Amadurecer deve ser isso, né?

Também fui em poucos shows em 2012. Poucos em relação aos anos anteriores, onde eu não perdia um que fosse. Abri mão - com muita dor no coração, claro - de ver o Foo Fighters no Lollapalooza. Mas foi um mês antes das minhas férias e da minha viagem, mas a vida é isso... as prioridades mudam. Foram poucos shows, mas foram inesquecíveis. Kiss, Stone Sour, Marilyn Manson, Black Label Society, Madonna, Morrissey... 

Claro que nem tudo foi um mar de rosas. Em 2012 perdi minha Bellinha, minha cocker, companheira da minha família desde 2001. Foi horrível, é horrível até hoje, mas fico mais tranquila em saber que ela não sofreu na hora de morrer. E que com certeza, ela sabia o quanto era amada por todos aqui de casa.

Acabei perdendo contato com uma pessoa muito querida, que sempre foi minha parceira no crime, amiga. É triste, mas talvez seja melhor pra mim e pra ela. Pelo menos por enquanto, não sei...

Em 2012 eu fiz poucas resenhas pro Whiplash e entrei numa crise profissional que perdura até agora. Apesar de estar meio perdida, sem saber o que fazer, isso tem me feito pensar e repensar inúmeras vezes minhas escolhas profissionais, a ponto de me arrepender profundamente ter escolhido ser publicitária.

Meu natal de 2012 também foi lindo, ao lado das pessoas que eu amo, ao lado do meu namorado. Na casa que era dos meus avós, com uma árvore cheia de presentes para todos, uma mesa farta e todos com muita saúde. Isso pra mim, é o mais importante.
E pra encerrar, vou passar a virada de ano ao lado daquele cara. Aquele lá que mudou a minha vida e que desejo que esteja ao meu lado no próximo ano.

Confesso que estou com um pouco de medo de 2013. Esse ano que está acabando foi tão bom, mas tão bom que eu fico achando que 2013 vai ser uma merda. Fico pensando: depois de tanta coisa boa, alguma coisa ruim deve acontecer, não é possível.  Mas, resolução número 1 de ano novo: ser menos pessimista. 

Fato é que 2012 foi o melhor ano da minha vida. Melhor que 2007, que eu sempre considerei como sendo O ano. Mas 2012 veio com tudo e é isso.
Que venha 2013! Com o dobro de coisas boas de 2012. 


quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Saudade

Saudade é uma coisa que dói, né? E saudade é uma coisa que eu tenho sentido muito, ultimamente...

Saudade dos seus olhos verdes e das bochechas naturalmente rosadas.
Saudade de escutar a sua voz, a ponto de quando eu estou conversando com você pela Internet e você fala uma palavra qualquer, eu consigo até imaginar a sua entonação de voz ao falar aquela palavra.
Saudade de andar de mãos dadas.
De receber carinho nas costas, nos cabelos, no rosto, no braço...
Saudade de te ver fazendo caretas enquanto canta uma música da Dido.
Saudade de pegar o carro e ir até Valparaíso e Viña del Mar. E depois passar no supermercado pra comprar comidinhas gostosas e vinhos chilenos deliciosos.
Saudade de poder te dar um abraço apertado, olhar bem lá no fundo dos seus olhos e falar o quanto eu amo você  e como estou feliz por estar contigo. Mesmo que você esteja em um país e eu em outro.
Saudade de dormir abraçados e no meio da noite, assim do nada você dá uma acordadinha e fala: te amo. Quando você faz isso, minha vontade de te abraçar e de ficar mais perto é tão forte, que eu preciso pensar antes de te abraçar, porque fico com medo de te machucar, hahahaha
Saudade de tentar entender o que você está falando. E dá saudade até de ficar perguntando mil vezes: o que? o que? o que?
Muita saudade de te olhar e ver você piscando os dois olhos - tanto o direito quanto o esquerdo - com uma facilidade invejável.
Saudade de poder beijar a boca, as bochechas, os olhos, a testa... já te disse que beijo na testa é sinal de respeito, né? E eu te respeito tanto...
Saudade de escutar você falando com tanto entusiasmo sobre determinado assunto ou sobre seu país. De escutar você me ensinando coisas que eu nunca imaginei que ia aprender. Eu aprendo tanta coisa com você.
Saudade de você escolhendo o quarto do hotel que a gente ia ficar lá em Calama, todo cuidadoso e me perguntando o que eu achava.
Saudade de tentar te ensinar a dançar forró e você tentar me ensinar a dançar merengue.
Saudade do jeito que você me olha quando estou conversando com os meus amigos, tentando entender uma palavra ou outra que eu digo. Isso que eu acho genial em você... você sempre se esforça pra aprender alguma coisa sobre mim, minha família, meu país ou minha cultura.
Saudade do jeito que você segura a minha mão e me faz carinhozinhos com os dedos.
Saudade do barulho que você faz quando eu te faço carinho. 'Hmmmmmm'.
 Muita saudade de escutar você falando 'vai tomar no cu' com um sotaque tão engraçado e tão lindo ao mesmo tempo.
Saudade do nosso primeiro encontro, de você meio sem jeito quando eu te dei um abraço lá na porta do hostel. E saudade também da ansiedade que eu tava sentindo antes de você chegar. Como que eu poderia imaginar que isso ia acontecer comigo?
Agora eu vou sentir outro tipo de ansiedade: ansiedade de quando eu estiver chegando no aeroporto de Santiago pra te encontrar depois de meses longe de ti.
Saudade das cositas e cariñitos ricos, que são uma das melhores coisas desse mundo.
Dá saudade até dos lugares que eu não te levei pra conhecer aqui em São Paulo, mas que eu te levarei, como a praia.
Saudade de você me chamando no Gmail e falando: 'amor, cometi uma loucura. Comprei passagem pra São Paulo, chego no dia 16/05'. Quando você me contou isso, eu quase gritei de tanta felicidade. Nunca ninguém fez algo parecido por mim.
Sinto muita saudade de arrumar a sua cama do lado da minha. Uma cama que acabou nem sendo usada, tamanha era a nossa vontade de estarmos pertos um do outro, que acabamos dormindo apertados na minha cama de solteiro.
Saudade da ansiedade de te ver chegando no aeroporto aqui de São Paulo. Foi um dos dias mais longos da minha vida, sabia?
De te levar pra passear pela minha cidade, te apresentar aos meus amigos, a minha família...
Saudade de quando você começa a falar rápido, eu não entendo e você com a maior paciência desse mundo, respira fundo e começa tudo de novo, falando devagar e perguntando: me entende?
Morro de saudade de acordar de manhã e dar de cara com você, todo despenteado falando: deita aqui perto de mim, porque assim eu me sinto como se tivesse tudo.
Saudade de você indo me buscar no terminal de ônibus em Calama. E saudade do nosso jantar no dia de las mamas, no restaurante com a moça gordinha cantando alto bem do nosso lado.
De ver você chorando, triste porque não queria ir embora.
De escutar Jorge Drexler na sua cama.
De subir no Santa Lucia com você.
De comer sushi, beber vinho no terraço do seu prédio. Aliás, eu MORRO de saudade de escutar você falando: Bamos a beber un Bino. Hahahahahaha.
De amassar as paltas enquanto você descasca os tomates pra me fazer um completo delicioso na minha última noite na sua cidade. Na cidade que me encantou não só porque ela é linda, bem cuidada, cheia de árvores e bla bla bla. Mas porque foi lá na sua cidade que eu conheci você, que mudou a minha vida de uma hora pra outra, que me fez sentir coisas que estavam guardados dentro de mim há tanto tempo que cheguei até a pensar que não iria sentir isso por mais ninguém.

Caralho, eu tenho saudade de tanta coisa, mas tanta coisa que poderia ficar até amanhã escrevendo...
Mas eu não vou fazer isso! Não vou porque eu sei que logo logo vamos estar juntos de novo. Pra fazer tudo isso que eu escrevi... e muito mais!



segunda-feira, 25 de junho de 2012

Todo o amor do mundo

Hoje eu vou dar uma interrompida na série 'Diário de viagem' para fazer uma homenagem mais que merecida.

Uma homenagem pra alguém que chegou na minha casa em meados de Setembro de 2001 só com 40 dias de idade, dentro de uma caixa de leite porque nós ainda não estávamos totalmente preparados para recebê-la.
Alguém que demorou pra aprender a dormir sozinha sem ninguém por perto ou um rádio ligado.
Que quando foi dar seu primeiro passeio no Parque do Ibirapuera, conseguiu escapar das mãos da minha mãe e foi mergulhar no lago atrás dos patos que lá estavam. E que quando via uma pomba na rua, saía correndo feito louca tentando caçá-la.
Que fazia festa, abanava o toco do rabo e saía latindo e correndo pela casa quando alguém abria a porta da cozinha e falava: oi Bella.
Que quando fazia xixi fora do lugar, sabia muito bem que tinha feito coisa errada e tentava amolecer a bronca com aquele olhar de baixo para cima, como que tentando dizer: me desculpa!
Uma homenagem pra alguém que mesmo passeando mais ou menos 20 minutos por dia, num caminho com muitas ladeiras ainda tinha energia o suficiente pra brincar quando chegasse em casa.
Alguém que uivava quando a gente dizia o nome dela em voz de ópera, fazendo um biquinho engraçado com a boca.
Que soltava pêlos por toda a casa, colocava o focinho no lixo quando íamos jogar algum resto de comida, tentando pegar alguma coisa com a língua. E a gente falava: caramba, parece vira-lata! E que quando voltava do banho, chegava em casa toda feliz e contente, pois sabia que todo mundo ia acariciá-la, pois ela estava extremamente cheirosa.
Alguém que adorava ir no colo e deixava a gente segurá-la como se fosse um bebê recém-nascido, nos olhando com uma pureza tão grande mas tão grande, que eu tenho certeza que se ela pudesse falar ela diria: obrigada por esse carinho. Aliás... eu sei que você estava pensando isso na segunda-feira quando fiquei te fazendo carinho.
Que sempre virava de barriga pra cima, esperando que a gente passasse a mão ou pé enquanto ela ia pegando pouco a pouco no sono. E ai se parasse o carinho, ela acordava na hora resmungando e pulando no nosso colo.
Que mesmo não gostando de tomar banho com a gente, ficava quietinha no chuveiro enquanto íamos passando o shampoo e enxagüando com a água quentinha.
Alguém que ficava com a patinha em cima da nossa mão, como querendo dizer: por favor, não para de me fazer carinho, tá?
Que adorava ficar deitada na porta do meu quarto ou ainda do lado da minha cama. E que dormia comigo, com a cabeça apoiada na minha bunda, me esquentando melhor que qualquer cobertor que existe no mundo. E agora que chegou o inverno, quem vai me esquentar desse jeito?
Que roncava quando dormia.
Alguém que nunca viu maldade nas pessoas, se abrindo com qualquer um que fizesse um aceno ou falasse: nossa, que bonitinha.
Alguém que conseguiu destruir TODAS as caminhas que teve ao longo desses 11 anos, porque ela não conseguia deixá-la no lugar. Ela obrigatoriamente tinha que carregar a cama pra todos os cantos da casa.
Alguém que eu tinha certeza que mais cedo ou mais tarde ia começar a falar comigo, de tão humana que ela era.
Que já estava ficando meio surdinha, mas ainda sim era só falar 'Bella' e ela vinha correndo.
Alguém que ficava atrás de mim ou de qualquer pessoa que estivesse em casa, nos seguindo por onde a gente fosse. Quantas e quantas vezes tropeçamos em você, porque você parecia a nossa sombra?

Enfim, essa é uma homenagem a alguém que foi muito amada, muito cuidada, muito querida, muito simpática. Mas mais que isso. Foi alguém que nos ensinou a amar e que vai fazer a maior falta do mundo!

Bellinha, eu te amo!
E espero que você tenha percebido isso enquanto viveu conosco!






segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Minha segunda casa está voltando!




Quando eu tinha 14 anos, eu me achava mega gótica porque andava de preto, escutava Nightwish e tinha um sobretudo e um coturno. Coisa de adolescente, mas né, fazer o que.
E uma das coisas que eu mais tinha vontade de fazer aos 14 anos era conhecer o famoso Madame Satã. Uma balada no centro, que como amigos meus me contavam, tocava só música gótica e a casa parecia um castelo e blábláblá.

Só realizei meu desejo de conhecer a casa 4 anos depois, quando eu tinha 18. Me lembro até da data, dia 26/10/2005. Foi bem na época que eu comecei a andar com um pessoal que tinha mais a ver com o estilo de música que eu curto (meus amigos do colégio se dividiam entre micaretas, baladas na Vila Olímpia ou rolês de forró). Aí um dia, a Dani e a Milena (oi amiga!) me levaram no Madame. Era um sábado, aniversário da Dani, dia de open bar.
E por mais que me dissessem que o Madame Satã já não era a mesma coisa, eu não pude deixar de sentir algo diferente quando entrei lá.

Lembro que assim que pus os pés lá dentro, olhei em volta da casa, olhei o bar, olhei as paredes, a sombra do morceguinho que voava, o quadro do Jethro Tull, os tijolinhos a vista e pensei: caralho! O cheiro do incenso de cravo que ficava fumegando na porta da chapelaria. A pista de dança. Aquele porão de teto baixo com pouca iluminação. Tudo aquilo me deixou em êxtase.

Desse dia em diante, eu passei a frequentar a casa praticamente toda a semana, todos os dias, quinta, sexta, sábado e domingo. Fiz amizade com os barmans e mesmo em dia que as bebidas eram pagas, eu as conseguia de graça. Chegou uma época em que eu ia mesmo sozinha, pois sabia que ia encontrar algum conhecido lá. E mesmo que não encontrasse, eu nunca me importava de ficar só na pista, dançando VIRADA PRA PAREDE, é claro, hahahaha.
Levei muitos amigos meus lá, que não tinham nada a ver com o som, mas que saíram de lá falando super bem da balada. Levei meu ex-namorado num Domingo chuvoso e ele simplesmente adorou! Passei uma anti-véspera de Natal lá dentro, já dancei especial Depeche Mode no Carnaval de 2006. E quando eu passei no Mackenzie, adivinha onde foi que eu comemorei? Lá, é claro! Com direito a muita bebida e um dos maiores porres da minha vida.

Fiquei com muito cara gato lá dentro, já chorei de desilusão amorosa, transei na pista, fiquei até acenderem as luzes e mandarem a gente embora. Enfim, lá era a minha segunda casa. Até que um dia fecharam as portas e o Madame nunca mais voltou a funcionar! Durante um tempo fiquei bem mal, pois vivi muita coisa boa lá dentro. E podem me chamar de brega, mas eu me apego muito a essas coisas, a esses momentos. Muita coisa até hoje eu relaciono com o Madame.

Me senti órfã por um tempo, até que comecei a frequentar o Manifesto. Também vivi muita coisa legal lá, conheci muita gente. Mas nada se comparou a emoção que eu senti ao entrar no Madame Satã pela primeira vez. Não me importo que me chamem de louca, mas aquele casarão tinha uma energia diferente. Uma energia boa, em contrapartida a tudo que já falaram de mal da casa. Eu gosto tanto da casa, que cheguei a homenageá-la com uma tatuagem na perna. O S do Satã, que são duas cobras, uma comendo a outra, o símbolo do infinito.


Mas faz umas 3 semanas que tenho lido no facebook dos amigos que a equipe da DJ Club comprou o casarão, estão reformando e vão reabrir. Primeiro eu fiquei duvidosa, porque vai saber, né? Falaram que iam derrubar o imóvel pra construir outra coisa no lugar. Aí os boatos foram ficando cada vez mais fortes, até que hoje eu assisti esse vídeo aqui.

Ou seja: essa reinauguração VAI ACONTECER! E ao que tudo indica, vai ser ainda melhor que o Satã que eu frequentei. Conforme o vídeo foi passando pelos "cômodos" do imóvel, eu fui ficando emocionada, com saudade das coisas que aconteceram lá dentro. A hora que eles mostraram a pista então, quase dei um berro de felicidade. Achei que nunca mais ia ver aquilo na minha vida.

De acordo com eles, lá pelo meio de dezembro, a casa vai reabrir. Espero de verdade que isso aconteça. E que isso traga de volta uma das melhores épocas da minha vida.


"There's a light that never goes out"

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Lista de Material Escolar dos Anos 90


Hoje num papo saudosista com uma amiga minha via MSN, começamos a conversar sobre aquelas propagandas tosquíssimas do Grupo Imagem Teleshop (o famoso 011 1406) e quando eu me dei conta começamos a falar de material escolar que a gente usava naquela época.
Baseado nisso vai ser o meu post de hoje. Vamos ver quem mais se lembra.

. Canetas coloridas em gel: nossa, eu me lembro quando fiz 9 anos e o conjunto com 12 canetas custava na época os olhos da cara a ponto de eu precisar pedir de presente de aniversário, porque só assim. E ganhei e aí eu só sabia usar aquelas canetas. Elas vinham numas cores bizarras, tipo rosa shock, laranja extremamente clarinho e eu só usava essas canetas. Minha professora de português na época ficava puta da vida, porque mal dava para enxergar o que estava escrito no caderno, hahahaha. Ela falava que meu caderno parecia porta de tinturaria, de tanta cor que eu usava.

. Borracha azul e vermelha: eu não sei quem foi a pessoa que plantou na cabeça das crianças que a parte azul (ou a vermelha, sei lá) servia pra apagar a escrita da caneta Bic. E todo mundo acreditou e aposto que a galera que caiu nesse conto deve ter rasgado inúmeras folhas dos seus cadernos, ou manchado alguma prova, porque aquilo OBVIAMENTE não funcionava.

. Corretivo líquido: o famoso "branquinho". Esse eu demorei pra usar, porque na escola onde eu estudei até a oitava série os alunos só foram permitidos usar caneta no lugar de lápis a partir da 5ª série. E quando o branquinho secava? Empelotava tudo no vidro e tudo que dava pra fazer era jogar no lixo. E tinha uns vidrinhos fofos, com tampas coloridas que a gente gostava de colecionar. Na minha sala, a gente brincava de passar essa porcaria nas unhas tipo esmalte e depois a gente coloria com canetinha, hahahahha. Não sei como nossos dedos não caíram no meio do processo.

. Estojo de alumínio: ou seria ferro? Ou aço? Sei lá, só sei que aquilo só servia pra fazer a gente querer consumir mais na papelaria, porque na real não cabia NADA dentro daquele estojo. E quando caia no chão no meio da aula? Fazia aquele puta barulho, ele abria e tudo o que estava lá dentro se espalhava pela sala. E lá ia o pobre aluno sair recolhendo tudo. Toda vez que alguém derrubava um daqueles, sempre tinha um maninho pra gritar: AÍ MARMITEEEEEIRO.
Ainda dentro desse ítem, alguém se lembra daqueles estojos que você apertava um botão e o estojo abria? Como se fosse uma gaveta? Hahahaha, eu não sei se tinha pra homem, mas eu particularmente tive uns dois desses, com estampa da Moranguinho.

. "Estojo que tem tudo": enquanto o estojo de alumínio não cabia quase nada, esse era daqueles grandões que vinha absolutamente TUDO dentro: lápis, lápis de cor, canetinha, aquarela, compasso, régua, LUPA (sempre me perguntei pra que serviam essas lupas), giz de cera, borracha, cola... e eles eram IMENSOS, nem cabia dentro da mochila. Tinha que ficar carregando aquilo debaixo do braço.

. Caneta de 6498654687987 de cores: essa era pra quem não podia ou não tinha pais que queriam comprar as canetas coloridas com cheiro, com gliter ou outra gayzisse do gênero. Elas eram horríveis, sério. A carga sempre acabava rápido e pra mim, que sempre tive a mão pequena, mal dava pra segurar o negócio, de tão grossa que ela era.

. Carimbos fofinhos: nossa, teve uma época que era a maior moda entre as meninas da minha sala, hahahahaha. A gente ia na papelaria que ficava na frente de onde a gente estudava, comprava vários carimbos de temas sortidos e saía por aí carimbando tudo: caderno, agenda telefônica, parede, as amiguinhas, nós mesmos. Até que um belo dia a diretora proibiu que a gente entrasse com isso na sala de aula, hahahaha =)

. Lápis de cor/Aquarela/Giz de cera/Giz pastel: eu tive aula de artes praticamente durante toda a minha vida acadêmica, ou seja, usei muito essas "técnicas". A que eu mais odiava era usar aquarela. Eu nunca fui boa em desenhar, pintar (só gostava de brincar com as imagens do Almanacão da Turma da Mônica), então eu SEMPRE molhava demais o pincel que automaticamente molhava demais o papel sulfite, que por sua vez rasgava e depois a professora me dava a maior bronca =(

. Cola Tenaz: quem foi o infeliz que inventou essa porcaria? Sério, era muito ruim fazer recorte-e-cola com ela. Sempre saia mais do que você queria daquele bico maldito, tinha um cheiro horrendo, deixava as imagens todas enrugadas e ainda por cima a gente se lambuzava com aquele líquido, e depois que secava você tinha que ficar tirando as casquinhas da mão, hahahaha.
Eu não entendo porque quando a gente era menor não nos deixavam usar cola Print. Lembro que só pude fazer meus trabalhos de arte com ela lá pelos 11 anos.

. Tesoura SEM PONTA: todo mundo usava aquela pretinha básica da Mundial, porque era a única que funcionava, que tinha corte. As outras vinham todas cegas, não cortava nem água. E quando saiu aquela tesoura do Mickey e da Minie? Com aquela propaganda nada ética do "eu tenho, você não tem"? Hahahahahaha. Claro que eu tive a minha, e claro que ela era tão bonita que NÃO FUNCIONAVA DIREITO. Ou seja, o papel dela, que era cortar, ela não fazia. Isso sem contar o fato que os dedos nunca cabiam dentro daqueles buraquinhos, não era nada prático de usar.

. Mochila de rodinhas: nossa, que saudade de usar isso, sério. Era tão mais prático do que ficar andando com uma mochila extremamente pesada nas costas. O único problema era que naquela época a gente não sabia quanto custava isso e também não sabíamos cuidar. Era um tal de correr com aquilo atrás da gente pela escola, passar por buracos, pedras e esfolar a pobre coitada da rodinha.

. Apontador COM DEPÓSITO: a parte do COM DEPÓSITO era importante. Sem esse tal depósito, cada vez que você queria apontar o lápis, tinha que se levantar da carteira, ir até o lixo e ficar lá apontando. Apontando. E apontando... essa é uma das coisas que não funcionam direito, né? Eu sempre sofri pra deixar meus lápis afiados, ora porque o apontador não colaborava muito, ora porque a porcaria do lápis estava quebrado por dentro e aí a ponta caía o tempo todo.

. Fichário: hahahahaha, isso rende boas histórias pra mim. Eu sempre estudei na mesma escola, do pré até a oitava série. E era uma escola pequena, um pouco tradicionalista. Ou seja, a gente sempre usou cadernos. Até que chegou na 5ª série (foi o ano que a gente começou a ter um professor para cada matéria, o que pra gente era tipo WOW!) e esse lance de ter um caderno pra Matemática, outro pra Português, outro pra Geografia and so on ficou meio inviável. Aí ok, deixaram a gente usar fichário. Mas a escola ainda insistia que os professores levassem os cadernos/fichários dos alunos pra casa pra verificar se estávamos copiando tudo. É CLARO que teve um monte de gente que perdeu folhas do fichário, deu o maior bafafá e no ano seguinte PROIBIRAM a gente de usar fichário.
Rolou praticamente uma revolução escolar, porque onde já se viu a gente ter que carregar trezentos mil cadernos, né?

. Caderno quadriculado: eu não sei bem pra que servia aquilo, lembro que usei só quando era criança. Mas lembro que era pra aula de Matemática e a gente tinha que ficar pintando uns quadradinhos de acordo com o número. Exemplo: número 2 tinha que pintar 2 quadrados. Número 5, 5 quadrados e assim vai. A escola tinha seu próprio caderno quadriculado, a capa era amarelo clarinho com o símbolo da escola, que horror, hahahaha.

. Calculadora: é ÓBVIO que esse ítem era to-tal-men-te proibido, nem entrava na lista de material escolar. Mas a gente queria usar né? Eu tinha uma que eu amaaava, meus pais compraram pra mim no Duty Free quando voltamos de Buenos Aires, que era verde-água com o Frajola e o Piu Piu. Aff, era linda, hahahaha.
Um adendo: Frajola, Piu Piu, Patolino, Pernalonga e os outros personagens do Looney Toneys (?) eram a maior moda na minha época. Todo mundo comprava as coisas na Side Play, que hoje nem existe mais.

. Tênis que acende luz atrás: não, isso não vinha na minha lista de material escolar, mas pra gente era quase que uma obrigação ter tênis novo na volta as aulas. O favorito da galera era esse que você pisava e atrás acendia uma luz vermelha, haahaha. Era maior divertido, pena que durava muito pouco a diversão e se você pisasse numa poça d'água (e isso acontecia sempre), o tênis pifava.




Que eu me lembro, era isso que era sensação, hahahaha.
Fazer esse post me deu saudade :(

sábado, 4 de junho de 2011

O fim de uma era


Chega a ser curioso como que mínimos detalhes me fazem lembrar que um período muito gostoso da minha vida acabou.

Ontem fui almoçar sozinha no Shopping Iguatemi. Me servi num restaurante qualquer por quilo e sentei numa mesinha do lado de onde tinha escolhido comer. Peguei uma sobremesa; uma gelatina - uma vez que eu estou num esforço danado pra continuar emagrecendo. Eu já tinha terminado de almoçar quando uma senhorinha muito arrumada perguntou se podia dividir a mesa comigo. A praça de alimentação estava lotada, afinal era 6ª Feira e eu estava sozinha, não tinha porque dizer não. Ela se sentou e começou a comer.
Foi quando eu abri minha gelatina. E reparei que ela era colorida. Era de morango em cima, aqueles cremes no meio e de limão embaixo. NA HORA eu me lembrei da minha avó. Olhei para a senhorinha, olhei para a gelatina e me deu um nó na garganta muito grande. Comi a gelatina segurando o choro e de repente foi como se um filme estivesse passando bem na minha frente.

Me lembrei das gelatinas coloridas que a minha vó sempre fazia quando eu era criança. Toda vez que ia visitá-la na praia, a gelatina estava lá me esperando. Eu ficava tão feliz, minha vó sabia disso. Tanto que a primeira coisa que ela dizia quando eu chegava em sua casa, era:
- filhinha, fiz gelatina colorida pra você.

Eu pulava no pescoço dela, tamanha era minha felicidade. E mesmo depois que eu cresci e me tornei uma adolescente insuportável que odiava reuniões familiares, ela continuava fazendo a tal gelatina, talvez na tentativa de me deixar animada por estar na praia ao invés de estar com os meus outros amigos adolescentes insuportáveis.
Me lembrei que eu nunca mais vou ter a gelatina colorida preparada pelas mãos dela. E foi só eu ter lembrado disso, que eu na hora comecei a contabilizar mais uma série de coisas, comidas, eventos que eu nunca mais vou ter.

As ligações nos meus aniversários. Eram sempre eles (meus avós) que ligavam primeiro. Se meu aniversário caísse num sábado eles me ligavam as 7:00 da manhã. Eu ficava meio puta porque queria dormir até tarde, mas meu avô sempre me acordava. Aliás, esse ano eu senti falta disso. Minha avó me ligou logo cedo, mas meu avô não pois fazia exatamente duas semanas que ele tinha falecido. Já consegui sentir o baque, a saudade... faltou alguma coisa.

Os natais. Eu sempre reclamava também. Reclamava das orações intermináveis do meu avô, reclamava das toalhas que minha vó me dava todos os anos, reclamava da falta de presentes depois que cresci, daqueles cultos caseiros que eles faziam depois da ceia cantando as mesmas músicas. Eu vou sentir falta de tudo isso. Vou sentir falta de ver meu avô tocando violino ao lado da minha mãe, que tocava teclado enquanto minha vó, minhas tias e a tia das minhas tias cantavam "Noite de paz". Vou sentir falta das toalhas, dos chinelos e dos panos de prato que a minha vó bordava. Inclusive, vou sentir falta do meu avô andando pela casa fechando todas as janelas - mesmo fazendo o maior calor do mundo lá fora - alegando que não queria mosquitos na casa.
Aliás, isso me lembra dele andando com o mata-mosquitos rosa que ele carregava pra cima e pra baixo, matando qualquer um que aparecesse na sua frente, rs.

A casa onde eles passaram os últimos anos da vida deles, na praia que já foi posta a venda. A casa onde eu passei tantos feriados, férias, finais de semana, dia das mães, natal, ano novo, aniversários... onde minha vó tinha o jardim dela que ela cuidava com tanto esmero. Cada vez que eu ia lá tinha uma flor nova brotando e ela vinha toda orgulhosa me mostrar. Onde meu avô mantinha uma oficina nos fundos do quintal e onde ele passava a maior parte do seu dia lá dentro fazendo sinos de vento, consertando nosso secador de cabelo e o que mais a gente pedisse.

As bicicletas dos dois ainda estão lá. A bicicleta roxa da Caloi que a minha avó usava pra ir no supermercado, ou passear comigo quando eu ainda andava de rodinhas nas laterais da minha bicicleta. Mas que aos poucos ela foi deixando de lado, parou de andar e passou a bicicleta pra mim. Aliás, foi meu avô que arrancou as rodinhas e me ensinou a andar que nem gente grande. Eu chorei, esperneei e gritei com ele. E ele com a paciência que só Deus mesmo, me ensinando até eu aprender. Todos os dias de manhãzinha, ele acordava, pegava a sua bicicleta e ia andar na praia de ponta a ponta. Depois parava, tomava uma água de côco, passava na padaria, levava pão fresquinho pra casa e tomava banho na ducha. Era a vida que ele amava.

E eu amava passar férias lá porque além de ter vários amigos, meus avós faziam de tudo pra me deixar feliz. Minha vó adorava emprestar uma cestinha de vime que ela tinha, só pra eu poder ir na pracinha perto de casa com os amigos e fazer pic nic.
As festas juninas que a gente fazia na rua... quem colava todas as bandeirinhas com a maior paciência do mundo? Era ela, claro.
Se fosse onze da noite e eu comentasse que tinha vontade de bolinhos de chuva, minha vó ia pra cozinha e fazia vários. Rosquinhas de nata, pãozinho de polvilho azedo, pipoca, suco de uva, bolo de macarrão, salada, suco de maracujá fresquinho... todas essas coisas que eu amava e me farão muita falta.

O cheiro deles, o abraço, a voz dos dois e até as lições de moral ultrapassadas que eles me davam. Quando eu penso que nunca mais terei nada disso, me dá um aperto no coração, as lágrimas aparecem de imediato, parece que me falta o ar.
Sim, são lembranças boas... mas justamente por serem boas que me deixam assim, feliz porém triste ao mesmo tempo. Porque eu daria tudo pra reviver cada momento desses.

Mas é o fim de uma época, talvez a melhor época da minha vida.
A época de que meus avós eram vivos e eles foram as melhores pessoas que eu já conheci.

domingo, 12 de dezembro de 2010

É o fim...



Antes era o nervoso de passar ou não no vestibular. Prestei a primeira vez e não consegui entrar no curso que eu queria, na universidade que eu queria. Fiquei decepcionada, me senti a verdadeira loser. Mas não desisti, fiz mais meio ano de cursinho e em Junho de 2006 prestei a prova. Consegui um gabarito e fui corrigindo as questões. Em História quase gabaritei. Em Matemática, ZEREI! Achei que era o fim, que mais uma vez eu jamais iria conseguir estudar Publicidade no Mackenzie.
Eu tinha passado em outra faculdade, mas sabia que se não conseguisse alcançar meu sonho, iria ser uma frustrada pro resto da vida por estudar numa instituição que não era a que eu almejava.

Um dia antes de sair oficialmente a lista, entrei por acaso no site da Universidade e lá estava o meu nome na primeira lista. Posição 78, eu acho. Não consegui conter as lágrimas de felicidade, o grito. Liguei pra todo mundo. Meu pai, orgulhoso, gritou no trabalho dele: MINHA FILHA PASSOU NO MACKENZIE! ELA PASSOU, VAI SER PUBLICITÁRIA IGUAL A MIM!

No primeiro dia de aula, tomei trote, é lógico. Não me diverti tanto quanto gostaria, nem bebi quanto eu pensei que beberia, mas mesmo assim passei pelo ritual dos bixos. Andei de elefantinho em plena Consolação, pedi dinheiro no farol e fiquei MUITO suja de tinta, farinha e outras coisas.
Depois, quando teve aula mesmo eu - como todos os bixos e bixetes mackenzistas, creio eu - me perdi completamente dentro daquele gigante campus. Cheguei atrasada para minha primeira aula, de Desenho.

E foram 4 anos assim. De muito trabalho, algumas DP's, matérias chatas, matérias legais, matérias totalmente interessantes e outas nem tanto, amizades feitas e desfeitas, um falecimento (Flávia, minha amiga, que ela descanse em paz), irritação, noites maldormidas por causa de trabalhos que pareciam nunca acabar.
A caminho do 5º semestre, descobri que tinha muitas matérias pendentes do 4º para fazer. As DP's que tinha pego no primeiro ano me levaram a esse caminho. Escolhi atrasar um semestre, fazer todas as matérias que faltavam pra então "começar do zero". Atrasei um semestre, entrei numa sala nova, com pessoas novas, panelinhas novas. Mesmo assim, logo estava enturmada. E depois do fim do 4º semestre, precisava optar entre Marketing e Criação. E eu não tive dúvidas, fui para criação.

Aí as aulas começaram a ser mais específicas, todo mundo já começou a pensar no TGI. Mas antes do TGI teve o PI, uma espécie de mini TCC, só para que pudéssemos sentir o que vinha por aí. Fui convidada para entrar num grupo diferente do que eu já fazia parte, pois diziam que gostavam dos meus textos. Aceitei e não me arrependi. Fizemos dois PI's, tiramos boas notas e logo já tínhamos decidido o tema do nosso TCC.

A essa altura, eu já não via mais graça em nada que se relacionava ao mundo universitário. Parei de dar trote, afinal tinha coisas mais importantes para fazer. Nunca mais fui ao bar que fica DO LADO do meu prédio, nem que fosse para tomar uma cerveja na sexta-feira. Arrumei um estágio em uma empresa grande e isso foi dando a dimensão de que sim, eu tinha crescido. Aquela estagiária boba que fez várias cagadas na primeira agência que trabalhou já não existia mais.

Aí chegou 2010, o último ano da faculdade. No primeiro semestre foram TODOS os finais de semana na casa da Bruna fazendo o TCC. Indo nas ruas fazer pesquisa. Indo até a empresa para falar com o proprietário. Fazendo organogramas, tabelas, pesquisas sobre marketing, ambiente interno, SWOT e mais um monte de coisa. Deixei de ir a alguns aniversários de amigos, pois no dia seguinte precisava acordar cedo para continuar o TCC. Não passei o dia das mães com a minha, pois precisava ficar aqui em São Paulo, correndo com tudo. Cada vez que eu ficava nervosa, puta e saía xingando tudo, sempre tinha alguém do meu lado para dizer: Calma Ana... tá acabando! E realmente, o primeiro semestre acabou antes do que eu imaginava. Valeu a pena, porque um fim-de-semana antes da entrega, enquanto todos os outros grupos ainda estavam fazendo coisas do TCC, o nosso já estava na revisora. E tiramos 9,0 pelo professor de TCC do semestre.

Mas ainda não tinha totalmente terminado. Depois de um mês de merecidas férias, tivemos que corrigir algumas coisas. Foi um mês mais ou menos tendo encontros na biblioteca às 2ª Feiras. Detalhe: a gente nem tinha mais aula de Segunda. Mas precisávamos ir, precisávamos corrigir. E corrigimos. E depois começou a parte mais legal do trabalho, a que todos nós estávamos esperando ansiosamente: a parte da criação.

Mas tinha um problema: nosso cliente era pequeno demais e disponia apenas de R$300.000,00 para propaganda. Quando alguém desanimava, nossa orientadora dizia:
- É agora que vocês vão mostrar se são mesmos criativos. Pensem em mídias alternativas, em ações de marketing, divulgação na Internet.

E nós não desanimamos. De Setembro até comecinho de Novembro foram inúmeras reuniões discutindo idéias, conceitos criativos, ações promocionais, lay outs, decidindo o que cada um iria fazer. Tive um dos maiores desafios da minha vida nas minhas mãos: criar TODOS os textos de TODAS as peças. Afinal, eu tinha entrado nesse grupo por causa dos meus textos. Fiquei desesperada quando sentei para escrever pela primeira vez alguma coisa e simplesmente NADA saía. Chorei, me senti incapaz, impotente. Eu sempre gostei de escrever, e agora que minha vida acadêmica dependia disso, não saía nada. Culpei minha experiência com Links Patrocinados por isso. Estava alienada a 75 caracteres por anúncio, apenas. Meu pai me acalmou, falando que era assim mesmo. E ele tinha razão. Um belo dia sentei na frente do computador e escrevi igual uma louca. Em pouco tempo, todos os textos estavam prontos.

Precisei tirar 15 dias de folga do trabalho para me dedicar única e exclusivamente ao TCC. O dia da entrega estava cada vez mais próximo, faltava menos de um mês. Quando me dei conta, já estava escrevendo os agradecimentos do grupo para poder colocar na monografia. Juro que fiquei de olhos marejados quando me dei conta disso. Veio tudo à tona na minha mente, tudo o que tinha passado até então. E o dia 17/11/2010 chegou. O grande dia, o dia da entrega. Quando um dos meninos do meu grupo chegou com o TCC impresso, eu não podia acreditar. Tudo o que fizemos, todo o nosso trabalho, estresse, dedicação estavam ali naquelas páginas, naquela capa tão bem pensada, naqueles dados pesquisados a fundos. Entregamos e no mesmo dia descobrimos que teríamos apenas 1 semana antes da nossa apresentação.

Bateu um frio na barriga. Dividimos o que cada um ia falar, ensaiamos, cronometramos para não passar dos 20 minutos. Eu estava nervosa, e ao mesmo tempo tranquila. Afinal, já tinha apresentado um TCC na minha vida antes; na época do colégio técnico. Na 4ª Feira a noite - um dia antes da apresentação - todo mundo do grupo estava errando as falas. O nervosismo era visível e depois quando fomos embora, fiquei insegura. Não por mim, mas por eles.
No dia da apresentação não fui trabalhar. Acordei tarde, queria descansar. Fiquei ensaiando comigo mesma na frente do espelho umas mil vezes. Meus avós estavam aqui para me assistir; minha tia mais nova e até alguns amigos meus foram ver a apresentação.

Os 20 minutos duraram bem menos. Achei que seria uma eternidade, mas não. Passou voando. Meu grupo me surpreendeu. Todo mundo foi bem. Eu não gaguejei, estava segura do que estava falando. Depois da apresentação, a banca começou a fazer seus comentários. Tinha várias falhas, especialmente na parte de Marketing. Pensei comigo mesma: sejam condescendentes, fizemos criação. Mas todas as críticas foram muito construtivas. Eles elogiaram também. Elogiaram especialmente os textos. Isso me fez inflar de orgulho. Olhei pro meu pai que estava sentado bem à frente e vi que ele também estava orgulhos. Afinal, tal pai tal filha. Nossa orientadora disse:
- Bom, agora vamos lá fora e decidir a nota de vocês.

Eu não sabia o que esperar. Mas agora que a apresentação já tinha acabado, eu estava bem mais aliviada. Alguns minutos depois e os 3 professores da banca voltaram. Nossa orientadora Paula, disse:

- Antes de mais nada, eu queria agradecer a todos vocês do grupo por terem me escolhido como orientadora. Adorei trabalhar com vocês todos, foi ótimo, a gente se divertiu na medida do possível, porque né? E o TCC de vocês passou com nota 9,5!

Sim, 9,5. Nove e meio! Quando ela disse isso, nós seis do grupo gritamos, nos abraçamos, choramos e o principal: bateu aquela sensação de alívio de que tanto estávamos sentindo falta.
Ganhei abraços dos meus pais, dos meus amigos da faculdade ou não, dos meus avós, da minha tia. Tiramos fotos, fomos comer pizza depois para comemorar...


E olhando pra trás, eu digo sem sombra de dúvida: valeu MUITO a pena!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

14/09/2007 - Notas de uma noite comum


Há 3 anos, o dia quatorze de setembro caiu numa sexta-feira. E como quase todas as sextas-feiras daquele ano, A. iria encontrar suas amigas no mesmo lugar de sempre, com as mesmas bandas de sempre tocando as mesmas músicas de sempre. Ela iria se embebedar com as mesmas bebidas de sempre e faria as mesmas merdas de sempre: beijar sua melhor amiga, beijar desconhecidos, talvez até fazer sexo casual com um cara qualquer no banheiro da balada, na esperança de alimentar sua auto-estima que andava baixa desde que tinha sido, mais uma vez, enganada pelo mesmo cara. Ela usaria também as roupas de sempre e tiraria as fotos com as poses de sempre.
Realmente, quase tudo que ela imaginava que ia acontecer aconteceu naquela noite. Mas uma coisa - uma pessoa, um homem - se destacou. Ele não fazia parte dos seus planos corriqueiros. Ela não prestou atenção nele, mesmo sabendo que estava junto com alguns de seus amigos. A. ainda tomou sua cerveja enquanto ele estava no banheiro e nem ao menos agradeceu.

A. passou a balada inteira andando pra lá e pra cá na companhia de suas amigas. Deve ter ficado com uns dois caras diferentes, isso sem contar os beijos com meninas que estavam se tornando cada vez mais freqüentes em sua vida. A. estava alcoolizada e sempre que ela fica assim, as baladas parece que acabam em 5 minutos. E naquela noite, OBVIAMENTE, não foi diferente. Em determinado momento, ela se encontrou com sua amiga, sua carona e disse: vamos pagar? Ao terminar essa frase, A. percebeu que ao redor dela estavam alguns conhecidos seus... e ele. NA HORA seu olhar parou NELE. "Como que eu não vi esse cara gatíssimo aqui antes?", ela pensou. Cabelos compridos, rosto quadrado, traços fortes mas ao mesmo tempo delicados. Um olhar tímido meio perdido. Alto, magro, misterioso. Sua amiga, talvez de propósito, talvez não, disse: - vai indo pra fila com o L., eu já vou.

E ela foi. Pegou na mão de L., um cara que ela nunca tinha visto na vida. Pararam para conversar com alguns amigos dela, enquanto eles continuavam de mãos dadas e foram pro final da fila. E foi ali, naquele momento que A. sentiu coisas que ela nunca havia sentido antes. Eles se olharam por um tempo e parecia que o tempo tinha parado. Todas as pessoas que estavam ao seu redor haviam desaparecido. Só estava ela e ele ali um de frente pro outro, sem trocar uma palavra. A. achava que esse tipo de coisa só acontecia em filmes. Mas não, estava acontecendo com ela. E ela não estava exagerando ao dizer que foi REALMENTE mágico! Ela, sempre falante, comunicativa... na frente daquele cara estranho ficou MUDA.
E foi nesse silêncio entre os dois que ele abriu um sorriso. Um sorriso maravilhoso, cheio de carinho e alegria, que mostrava seus dentes perfeitos, brancos, alinhados. "É o sorriso mais lindo que eu já vi na minha vida", ela pensou. E foi com esse sorriso que L. foi se aproximando, se aproximando... até que seus lábios encontraram com os dela. E eles se beijaram. Beijaram. Beijaram. Não conseguiam parar de se beijar.

Ela já tinha beijado caras desconhecidos, sem saber ao menos o nome antes. Mas ela nunca havia se sentido daquela maneira. No fundo, A. sentia que a partir daquele momento, sua vida tomaria um rumo totalmente diferente. Seria uma vida nova onde as baladas não seriam as mesmas. As músicas, as bebidas, os amigos não seriam os mesmos. Até mesmo as bebidas não mais seriam as mesmas. Seu estado de espírito e seu coração nunca mais seriam os mesmos depois daquele encontro no dia 14/09/2007.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Like a Star

Just like a star across my sky
Just like an angel off the page
You have appeared to my life
Feel like I'll never be the same
Just like a song in my heart

Just like oil on my hands
Honor to love you

Still i wonder why it is
I don't argue like this
With anyone but you
We do it all the time
Blowing out my mind


You've got this look i can't describe
You make me feel like I'm alive

When everything else is a fade
Without a doubt you're on my side
Heaven has been away too long
Can't find the words to write this song
Oh... Your love

Still i wonder why it is
I don't argue like this
With anyone but you
We do it all the time
Blowing out my mind


I have come to understand
The way it is
It's not a secret anymore
'cause we've been through that before

From tonight I know that you're the only one
I've been confused and in the dark
Now I understand

I wonder why it is
I don't argue like this
With anyone but you
I wonder why it is
I wont let my guard down
For anyone but you
We do it all the time
Blowing out my mind


Just like a star across my sky
Just like an angel off the page
You have appeared to my life
Feel like I'll never be the same

Just like a song in my heart
Just like oil on my hands









Comecei a ouvir essa música agora e me deu um aperto no coração MUITO FORTE! E isso me deixa LOUCA, porquê eu NÃO POSSO MAIS SENTIR ISSO POR VOCÊ, seu merda!
Você me deixou com muita raiva de mim mesma e de você, me tirou do sério, me deixou triste, carente e sem entender NADA! E mesmo assim, MESMO ASSIM quando eu paro, penso e lembro as coisas legais que a gente fez, eu tenho quase certeza de que AINDA GOSTO DE VOCÊ!

Prá quê né velho? Prá que ter me envolvido até o pescoço prá depois você falar que vai tentar ficar com a ex? Isso me deixa enfurecida, espumando de raiva quando lembro do que eu tive que ouvir no sábado POR TELEFONE. Daí, eu lembro das coisas boas, das baladas, do fim-de-semana do Maquinaria, de andar no seu carro e dar risada com os seus comentários estúpidos, do quanto era gostoso beijar você, abraçar, de como você ficava LINDO quando soltava o cabelo e de como o sexo era uma delícia. E minha raiva REDOBRA! Porquê eu penso nisso com saudade, querendo ter tudo isso de volta.
COMO QUE EU POSSO QUERER ISSO, SENDO QUE VOCÊ DEU A MANCADA DO SÉCULO COMIGO???

Você foi a maior alegria na minha vida nos últimos meses e ao mesmo tempo a maior decepção!

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Eu odeio me acostumar com coisas boas, ODEIO!
Porquê depois as coisas boas acabam, e fica um vazio imenso dentro de mim, que me corrói sempre que eu lembro que não tenho mais essas coisas boas.

Eu me acostumei com você me chamar no MSN toda vez que eu ficava online, com as suas ligações DO NADA, mesmo se a gente tivesse se falando pela internet. Me acostumei com o fato de chegar em casa depois do trabalho, ligar prá você e ficar um tempo conversando sobre tudo e sobre nada. Me acostumei com você falando que eu era gostosa, linda, que adorava o jeito que eu olhava prá você, que eu era cheirosa e tinha bom senso estético. Me acostumei prá caralho com as direct messages do Twitter e os comentários privados no meu fotolog. Até isso você deletou, e é estranho prá caramba usar essas ferramentas, sabendo que você não tem mais.
Acostumei a planejar pequenas coisas, como ir em algum restaurante, comer na Liberdade no Domingo, uma balada qualquer, o show do A-ha ou até a viagem pro carnaval, sei lá.

DE REPENTE você foi lá e tirou tudo isso de mim. Alegou que tava com medo, eu sou confuso e você não me merece beijo tchau. E aí? Como que EU fico? Fico só com o "prêmio de consolação", que é falar com você de vez em quando (aliás, de uns dias prá cá, tenho falado com você cada vez menos) e saber que qualquer dia desses você vai passar em casa só prá devolver o cd e o estojinho de maquiagem. SÓ ISSO que me restou. É uma situação muito estranha, muito ruim. Eu me sinto mal, fico triste, sensível, querendo chorar... aliás, tô chorando agora enquanto escrevo aqui. Parecia que as lágrimas tavam doidinhas prá sair, porquê eu tô segurando isso faz uns dias já.

É ruim escutar Faith no More e lembrar do show, da gente curtindo prá caralho, agitando, dando risada e ficando junto nas musiquinhas mais fofas. Aliás, é ruim lembrar daquele fim-de-semana em si, porquê como eu já te disse várias vezes, foi o melhor fim-de-semana do ano passado. Porquê só aconteceu coisa boa, porquê eu tava COM VOCÊ! Cacete, até uma banda que eu gosto você me "tirou o direito de ouvir"?

E sabe o que é mais louco? Nada disso que eu tô descrevendo aqui faz parte de um término de namoro. Foi só um lance que aconteceu. Mas que mesmo com a duração de 2 meses, foi o suficiente prá me deixar envolvida até o pescoço.









Caralho, caralho, caralho... =(

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Paixão Colegial...

Todo mundo já teve uma paixãozinha na época da escola ou do colégio. Eu também tive.

Conheci ele no primeiro ano do colégio. Mas não foi paixão a primeira vista, nem nada do gênero, porquê eu namorava um menino de fora do ambiente escolar no meio do segundo ano, então nem olhava pro lado. Eu só fui reparar direito nessa minha paixãozinha quase no final do colégio, quando comecei a sentar no fundão com a turma dele. Sempre fomos muito amigos, ele inclusive conhecia o meu namorado na época. Mas não sei explicar, eu sempre senti alguma coisa por ele. Ta bom, eu assumo que meu relacionamento já não tava legal. E eu era nova, tinha 17 anos e desde os 15 namorei direto sem parar e sem ter um tempo prá ficar solteira prá aproveitar a adolescência.
Um dia, começou a ficar meio visível esse meu interesse, até prá ele. Foi quando eu resolvi abrir o jogo, e falar que sentia alguma coisa a mais. Ele como sempre foi muito legal comigo e disse que se sentia feliz por isso, mas que não queria nada. Uma porquê ele me via mais como amiga do que como outra coisa; e depois, porquê ele conhecia o meu namorado.

Veio nossa viagem de formatura prá Porto Seguro e ficamos juntos quase todas as noites, mas sem nunca ficar mesmo. Depois, veio nossa colação e o baile e nada. O colegial tinha acabado e eu estava conformada com o fato de que não teríamos mais oportunidades. Mas isso mudou no dia 31/12/2004, quando uma amiga minha falou que ela e mais uns amigos nossos (incluindo ELE) estariam na praia. Oportunidade perfeita!
Fui, ficamos e foi maravilhoso. Quando voltei prá São Paulo, não suportei o fato de continuar namorando, fui lá e terminei um relacionamento de quase 2 anos.



Entre idas e vindas, eu e a minha paixãozinha já ficamos algumas várias vezes, ele namorou, eu também. Mas o mais engraçado é que eu percebo que sinto algo por ele até hoje. Já cheguei a encontrá-lo na época em que eu namorava (e ele também), e eu senti aquelas famosas borboletas no estômago. Recentemente ele foi prá Espanha, e volta mês que vem (Fevereiro). Antes da viagem dele, saímos prá beber uma cerveja, conversar e se despedir. Não ficamos, mas eu senti que tinha um clima diferente no ar.

Será que com todo mundo é assim? Todo mundo já teve uma paixão colegial e que vai fazer parte da sua vida até o fim dos dias?




Eu, pelo menos, tenho a sensação de que minha história com ele ainda não acabou.

...

"me dá um aperto no coração quando mudam comigo do nada"

Faz uns 15 minutos que eu twittei isso... e vou tentar explicar.

Você conhece uma pessoa. Aí, você começa a sair com ela quase todos os finais-de-semana, fala com ela todos os dias pelo telefone, MSN, e-mail, twitter; isso quando vocês não saem DURANTE a semana. Essa pessoa vive dizendo o quanto acha você foda, linda, gostosa, incrível, engraçada. Te elogia, te faz dar risada, te dá toda a atenção DO MUNDO. Uma atenção que você achou que jamais receberia de alguém.
Daí, um belo dia, DO NADA essa pessoa muda com você. Acha melhor vocês pararem de sair, de se verem. Sendo que HORAS ANTES, a pessoa tava te chamando de gostosa, te ligando... enfim, literalmente uma "rollercoaster of love".

Já aconteceu isso comigo algumas várias vezes, e está acontecendo de novo recentemente. E não importa quantas vezes isso aconteça, eu SEMPRE vou ficar mal, sempre vou ficar confusa. E por mais que eu saiba que na verdade a culpa não é minha, vai ser quase impossível não pensar: O que foi que eu fiz DESSA VEZ?





Acho que não existe nada mais cansativo emocionalmente que esse vai-e-volta... #prontofalei

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Tem coisas que por mais que eu me esforce, eu não entendo.
Se duas pessoas que se dão bem prá caramba, se divertem juntas, tem várias coisas em comum (e várias coisas incomuns, o que é ótimo e contribui prá qualquer tipo de relacionamento), e principalmente SE GOSTAM... por quê elas não ficam JUNTAS?

Sério.
Eu não sei se sou eu ou se são as pessoas que convivem comigo que são muito complicadas. Eu já fui complicada... já fui complexa, já fui MUITO passional. Mas não sei o que foi, parece que algo dentro de mim mudou. E hoje em dia eu ando muito mais prática.
Prá mim é muito claro: se duas pessoas se gostam, fiquem juntas. Independente de qualquer coisa que possa vir acontecer ou não. Já desencanei de tentar adivinhar o futuro, se vou ou não ficar com tal pessoa, se vou ou não casar, ter filhos e etc. Tenho quase 23 anos e quero viver o agora.

Infelizmente não é todo mundo que pensa como eu. Na verdade, tem UMA pessoa que eu queria que pensasse como eu, mas ela não pensa. Mas acho que pior que não me preocupar com o "amanhã", é me preocupar em como fazer essa uma pessoa pensar como eu.



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