terça-feira, 26 de outubro de 2010

Do que eu realmente tenho medo

Eu, Ana Clara, confesso ser uma pessoa um pouco medrosa. Tenho PAVOR de baratas, cobras e qualquer bicho nojento do gênero. Sinto PAÚRA de avião, porque sempre acho que o dia que eu morrer, vai ser em um acidente aéreo. Também tenho muito medo (mas muito mesmo) da morte. Além disso, tenho medos comuns como o medo de ser seqüestrada, assaltada, estuprada e de perder amigos ou parentes em algum acidente trágico ou algo do gênero.
Mas essas últimas semanas eu descobri outra coisa que tem me deixado apavorada: o de gostar de alguém de novo. O que antes eu considerava algo normal e que até acontecia na minha vida com uma certa facilidade, agora me deixa nervosa, com medo, insegurança, desconfiada.

Tenho medo de gostar dessa pessoa e, por mais que estejamos nos conhecendo, no final das contas não ser correspondida da maneira que eu quero. Medo de me decepcionar e de repente nunca me recuperar dessa decepção. Medo de estar sendo feita de boba, medo de criar laços de intimidade que logo logo se romperão. Medo de ouvir alguma coisa que eu não quero, ou pior: ouvir aquilo que quero e não saber o que fazer na hora.

Não sei dizer em que momento da minha vida eu fiquei assim tão medrosa. Achei que quanto mais velha ficasse, menos medo eu sentiria na minha vida.
Mas parece que com a idade vem as experiências e com as experiências vem o medo. O medo daquilo que me aconteceu há dois anos acontecer de novo; ou de ouvir o mesmo discurso que ouvi no começo do ano, só que dessa vez de uma pessoa diferente. Quando eu páro e penso em tudo que já vivi, no quanto eu já sofri, me humilhei, na quantidade de coisas ruins que escutei da boca de homens que eu tanto admirava e me decepcionaram eu penso: será que dessa vez vai ser igual? E se for? Será que você se recupera? E por mais que no fundo eu saiba que posso me recuperar, eu continuo sentindo... medo!

E esse medo me faz calcular milimetricamente minhas atitudes. Me fazem pensar, repensar e re-repensar (?) com muito cuidado as palavras que vou usar. Esse medo tira toda a minha essência... de ser espontânea, pouco me importando para o que vão pensar de mim ou não. E quando você perde sua essência amigo... é como se tirassem uma parte de você.

Vale a pena passar por tudo isso?
Não sei... mas já que entrei nisso, vamos ver até onde vai me levar.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Rabiscos de uma rotina comum

Eu sei que ando meio sumida só dando ctrl c + ctrl v nas resenhas, mas não é por querer não. Mas a vida por aqui anda beeem corrida.

Dia 17/11 eu e meu grupo entregamos a parte escrita do TCC. Então tá todo mundo desesperado em criar peças maravilhosas, em ter atendimento com a nossa professora orientadora e todas essas coisas que envolvem uma reta final de TCC.

Além disso, eu ando MUITO cansada do meu estágio atual. Não só pelo fato de que faz mais de um ano que eu estou aqui e ainda não tirei férias, mas porque eu enjoei da área em que eu trabalho. Links patrocinados não é pra mim, definitivamente. É maçante, mecânico, chato e nem um pouco criativo. Pra uma pessoa como eu, que ama escrever, ter limite de caracteres de 35 em cada linha é um DESESPERO. Meu contrato por aqui acaba só em fevereiro do ano que vem, mas confesso que qualquer vaga que eu vejo para redator, eu já estou mandando meu currículum. Se aparecer algo bem legal (e de preferência não só como redatora, mas uma vaga EFETIVA), com certeza agarrarei essa chance. Graças a Deus (ou alguma outra força superior), a partir de 2ª Feira eu estou de férias. São só 15 dias, mas mesmo assim vou poder descansar mental e fisicamente, acordar as 3 da tarde e dormir as 4 da manhã, tomar sol na beira da piscina (espero que esse tempo maluco ajude) e claro, dar aquele gás na minha parte do TCC.

Sobre os shows... bem, semana passada teve o Bon Jovi e foi maravilhoso. Infelizmente assisti de cadeira (os shows do Metallica e Axl Rose na grade me deixaram mal acostumada, hahahaha), mas mesmo assim valeu muito a pena. Cantar baladinhas defaults como I'll be there for you e Always me fizeram sentir como se tivesse 14, 15 anos novamente e foi uma sensação muito boa. Além de, claro, eles tocarem a minha música favorita. Me senti um pouco triste quando rolou a These Days, pois era a música favorita da minha amiga da faculdade que faleceu ano passado. Mas aposto que ela curtiu o show de lá de cima ou de qualquer lugar que ela está agora.
Além disso, teve o 69 Eyes faz umas duas semanas. Fui de graça e fiz a melhor resenha até agora (postarei aqui em breve, já saiu no Whiplash inclusive). Então, nem vou falar muito sobre esse show, afinal a resenha está aí pra isso.

Ando com várias idéias de posts como falar sobre as eleições, em como o mundo dá voltas e a gente nunca sabe o que vai encontrar, dar continuidade aos posts dos cd's que mudaram a minha vida, sobre como enfeites de natal me assustam e a raiva que eu tô sentindo nesse momento dos cambistas que acabaram com os ingressos do Paul Mccartney em 10 minutos... mas ao mesmo tempo não encontro tempo e nem inspiração pra escrever direito. Quem sabe nesses próximos 15 dias eu apareça mais por aqui. Tem tanta coisa acontecendo, tantos pensamentos, dúvidas, indecisões, desconfianças... e atualmente o melhor lugar para poder desabafar sobre tudo isso é esse blog aqui.

Engraçado aliás falar isso, pois até um tempo atrás, meu melhor amigo sempre eram os meus diários. Cultivo esse hábito de ter diários anuais desde os meus 12 anos e eu sempre gostei muito deles, de guardar ingressos de cinema, papel de bala, pétala de flores. Tenho todos eles guardados num baú na minha casa e vez ou outra, eu remexo nos diários, especialmente os mais antigos. Mas alguma coisa aconteceu esse ano que eu não estou conseguindo dar continuidade pro meu diário de 2010. Esses dias tava mexendo nele e vi que não escrevo lá desde JUNHO. Fiquei triste... será que com o passar do tempo eu vou acabar perdendo esse hábito que eu tanto gosto? Alguma coisa mudou em mim, será? Ficar mais velha significa parar de escrever em diários?

Outra coisa que tem me deixado bem feliz nesses últimos tempos foi o fato de eu estar emagrecendo muito. Semana retrasada fui ao médico e emagreci mais 4kg. No total foram 8 ou 9kg se eu não me engano. E é só o começo! Entrei na academia faz um mês e estou totalmente motivada a me livrar desses quilos a mais que tanto me incomodaram esse ano. Eu sempre tive problemas com a balança, mas acho que nunca fiquei tão gorda em toda a minha vida como estive esse ano. A ponto de NENHUMA calça me servir e eu ter que ir atrás de pelo menos UMA calça que fechasse o zíper. A ponto de quase não ter pescoço e o rosto mais redondo do que eu já possuo... foi horrível e espero nunca mais voltar pra esse nível.







No mais, estou levando a vida como posso.
Feliz por esse lance de emagrecer, um pouco mau humorada por outras e desejando ardentemente que esse TCC acabe logo.

-Ana-

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Angra (Manifesto Bar, São Paulo, 19/08/10)


Faz quatro anos desde a última vez que o ANGRA lançou um álbum de músicas inéditas. Nesse meio tempo, brigas judiciais, trocas de integrantes, projetos paralelos e um longo recesso fizeram com que “Aqua”, o lançamento da banda e o sétimo álbum de uma carreira que merece respeito, fosse muito aguardado pelos fãs e pela mídia.

A banda recebeu imprensa, amigos e músicos com um coquetel no Manifesto Bar. A trilha sonora durante a noite toda foi o novo álbum, e o clima era de descontração. Edu Falaschi, Kiko Loureiro, Rafael Bittencourt, Felipe Andreoli e Ricardo Confessori estavam muito felizes e orgulhosos em falar sobre seu novo trabalho.

Os fãs, que já aguardavam na fila desde às 20h30 para assistirem a um pocket show acústico especial, puderam entrar somente após o fim do coquetel, às 22h30, pontualmente. E foram atendidos com muita simpatia por todos os músicos do ANGRA: foram fotos, autógrafos e bate-papos rápidos que fizeram a alegria de todos.

O público compareceu em bom número e, apesar da demora parar o início do show, todos estavam muito empolgados. Quase à meia noite, a banda subiu ao palco e foi ovacionada pelos presentes. Vale dizer que durante todo o show, os músicos brincaram muito, e a alegria em compartilhar aquele momento especial com os fãs era visível.

Apesar de um set curto, foi uma apresentação impecável e com um repertório certeiro, com grande parte das músicas sendo da fase pós “Rebirth”. Foram tocadas “Wishing Well”, “Heroes of Sand”, “Arising Thunder”, “Bleeding Heart” (muito pedida pelo público), “Nova Era”, “Late Redemption” e “Rebirth”, que fechou a noite. Mas o momento especial da noite ficou por conta de “Lullaby for Lucifer”, do álbum “Holy Land”, tocada e cantada por Rafael Bittencourt. Posso estar enganado, mas percebi que muita gente não conhecia essa música, o que é uma pena, pois sem dúvida é uma das baladas mais bonitas já composta pela banda.

Foi menos de uma hora, mas essa performance serviu para ver que a banda está em forma e inspirada, e para quem já espera uma palavra sobre o desempenho do vocalista Edu Falaschi, ele cantou muito bem nessa noite, e agora muita gente espera que ele supere alguns maus momentos que teve nos shows nos últimos anos.

A expectativa já está criada para o show do Angra em São Paulo no dia 12 de novembro, no Citibank Hall, localizado no bairro de Moema. Depois do show, os músicos novamente foram ao encontro de seus fãs para mais fotos e autógrafos. Foi uma noite agradável para todos, o primeiro passo de mais um renascimento da banda, e que seja benéfico não apenas para os músicos, mas também para o fortalecimento do cenário do Heavy Metal no Brasil.

Setlist:

Wishing Well
Heroes of Sand
Arising Thunder
Bleeding Heart
Nova Era
Lullaby for Lucifer
Late Redemption
Rebirth

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