terça-feira, 31 de maio de 2011

Como me irritar em apenas 6 minutos e poucos segundos


Alguém aí já assistiu aquele clipe da Banda mais (pau no cu) bonita da cidade? Não? Em que mundo você vive então? O da Internet que não é, porque essa m*rda virou o maior frissom do Youtube. Clica aqui, assiste e depois continue a ler o post.

(Pausa para você terminar de ver o vídeo, se é que você vai ter paciência para tal).

Então. Terminou? Que bom, então agora podemos continuar.
O fato é que essa pseudo música, com esse pseudo clipe reuniu tudo o que mais me irrita em apenas 6 minutos e alguns segundos. Tudo o que mas me tira do sério e me faz ter vontade de cortar os pulsos e depois pular corda com as minhas veias estão lá.

1- Pessoas efusivas. Eu odeio pessoas efusivas. Odeio pessoas felizes, que parecem que estão sempre fazendo parte de um comercial de margarina. Isso é falso, NINGUÉM é feliz 100% do tempo. E nesse clipe o que mais tem são os jovens felizes, cantando, pulando e dançando como se o mundo fosse lindo, como se a AIDS tivesse cura ou qualquer merda do gênero.

2- Universitários! Já escrevi uma vez nesse blog sobre o que eu penso dos universitários. E tudo o que eu mais abomino nessa classe está nesse clipe irritante. As roupas neo hippies, aquele ar de: somos super descolados, fazemos faculdade pública/federal/estadual/ocaralhoaquatro, bebemos nos intervalos das aulas e enchemos o cú de maconha, porque queremos ser modernos. Todo o esteriótipo do universitário boçal está presente em cada um desses (in)felizes que aparecem nesse clipe.

3- Letras de música irritante. São 6 minutos e alguns segundos de uma mesma letra imbecil, escrita por alguém que se acha letrista, intelectual ou sei lá o que, e eles ficam REPETINDO essa merda sem parar. Aí vem um babaca que paga o maior pau e diz: ai, mas é uma oração você não entendeu? NÃO, NÃO ENTENDI CARALHO! Talvez meu QI seja pouco pra acompanhar essa poesia concretista horrenda.

4- Fãs que dizem que essa é a salvação da música popular brasileira. Se você assistiu o vídeo, espero que tenha lido os comentários. Todo mundo babando o maior ovo, falando que a música é de uma sensibilidade sem par, que aquilo que é música boa, que tem CONTEÚDO e mais um monte de blábláblá imaturo. Gente ME POUPEM! Será que eles pensam a mesma coisa sobre músicas do Chico Buarque (esse sim é DEUS), Lenine, Tom Jobim, Elis Regina e outros?
Aposto que não! Por que? Porque é o mesmo pessoal que adooora a Ana Carolina, acha o Seu Jorge um super intérprete (alô desafinação), curte aquela porcaria de Cordel de Fogo Encantado (ainda bem que acabou) ou considera as letras dos Los Hermanos verdadeiras poesias.

Aliás, aconteceu um troço engraçado quando eu fui assistir esse clipe. Claro que eu adoro causar uma polêmica virtual, eu tive que deixar um comentário do tipo: gente, vocês precisam aprender o que é boa música. Ao que segundos depois, uma pessoa comenta: você não entende nada de música mesmo.

HA HA HA. Eu comecei a rir, é claro. Meu amor... meu pai É músico, tem banda, escreve letras e tá aí batalhando pelo espaço dele. Minha mãe é formada em piano clássico, deu aulas e sabia ler uma partitura antes mesmo de ser alfabetizada. Meu avô (que Deus o tenha) tocava harpa, violino, teclado, bandolim, reformava instrumentos músicais e aprendia tudo sozinho. Meu irmão é tecnico de som num dos maiores estúdios daqui de São Paulo, toca guitarra, bateria e o que mais você der na mão dele. Por fim, eu fazia aulas de teclado e apesar de ter a minha preferência musical, escuto de tudo um pouco.
Então, SIM eu ENTENDO de música.

Não é porque eu achei essa banda um LIXO que eu não manje nada, esteja pagando de heavy metal tr00 e sei lá mais o que.
Eu sei reconhecer quando a coisa é boa, e essa "Oração" está longe de ser boa.

Isso porque eu não mencionei o fato do clipe ser uma cópia cuspida e escarrada de um outro clipe de uma banda gringa né?




Mas é uma coisa que o meu pai sempre diz: tudo o que vem fácil, vai fácil. A fama desses caras tá vindo como um cometa. Dou 2 meses pra ninguém mais falar dessa porcaria.
Aí é esperar qual vai ser a próxima febre que a Internet vai nos trazer. E disso, eu sinto MEDO!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Rock in Rio: por que (não) ir?


E depois de 10 anos, o Rock in Rio volta para o Rio de Janeiro (Roberto Medina, seu imbecil. Pode fazer o festival aonde você quiser, mas tire o RIO do nome, pois descaracteriza total o negócio!). Bandas confirmadas e ingressos esgotados.

Andei lendo por aí na internet uma série de coisas sobre o evento, alguns metendo o pau, outros felizes porque vão ver a banda da vida delas e blábláblá. E em meio a tanto frissom, resolvi vir aqui escrever sobre o que eu penso do festival em questão.
Eu fui no Rock in Rio III pra ver o (Guns) Axl Rose. Foi meu primeiro show, o primeiro evento desse porte, eu tinha de 13 pra 14 anos e confesso que foi legal pra caralho.
Fez calor, tinha um monte de gente e eu vi o palco de longe, mas ainda sim foi legal acho que justamente por ter sido minha primeira experiência do tipo. Foram 14h de pé, sem ir nem pra frente e nem pra trás, sem comer, sem beber, sem ir ao banheiro e não podia sequer levantar o braço, pois se fizesse isso não ia mais ter espaço pra colocar ele no lugar.

Quando confirmaram o Rock in Rio desse ano, confesso que fiquei empolgada. Eu gosto dessas coisas, gosto da bagunça. Mas aí o line up foi sendo confirmado. Metallica (ok, mas já vi ano passado da grade), Motorhead (ok, eles vivem tocando aqui), Lenny Kravitz (hmmm, tá), Stone Sour (tenho vontade de ver ao vivo sim, mas não me comove), Red Hot Chilli Peppers (de novo?) Elton John (oi? ROCK in Rio?) e aí começaram as piadas... Claudia Leitte (é ela ou é a Ivete Sangalo? Sei lá, as duas são iguais), Katy Perry, DETONAUTAS, GLORIA, PITTY...

Que o Rock in Rio traz umas "atrações" nada a ver, isso a gente já sabe. Tivemos o Tremendão Eramos Carlos, o Lobão levando latada na cabeça, o Carlinhos Brown que ficou com inveja do seu amigo da cela 11 e repetiu a mesma cena em 2001, Pato Fu, Sandy & Junior (!), Britney Spears (!!), AARON CARTER (!!!). Mas parece que o Roberto Medina gosta de ser ridículo e tenta se superar a cada evento que passa. Ou ele deve echer o cu de dinheiro com essas bandas de quinta, porque só pode.

Aí confirmaram (de novo) o Guns n' Roses (ou como eu prefiro chamar, Axl Rose & friends). Porra, beleza fiquei feliz vamo que vamo. Mas aí de repente os ingressos SE ESGOTARAM! E-S-G-T-O-R-A-M!!! Cacete... estamos em Maio, quase Junho, o evento é só em setembro/outubro e NÃO TEM MAIS INGRESSO?
Aí você vê um pessoal reclamando de que só tem ponto-de-venda de ingresso NO RIO DE JANEIRO. E quem não mora lá? Compra pela internet e gasta os tubos com taxa de entrega e o caralho a quatro.
Isso porque eu não mencionei o preço. R$90,00 a meia entrada. Quando eu fui em 2001, comprei meu ingresso NA RENNER do Shopping Center Norte DO LADO DA MINHA CASA e gastei a bagatela de TRINTA E CINCO REAIS. E não teve essa de ingresso esgotar não. Um dia antes quando eu já estava no Rio, minha amiga resolveu ir de última hora comigo nos shows do dia 14 e comprou seu ticket UM DIA ANTES!

Navegando agora pela Internet e seguindo o perfil do Rock in Rio no Twitter, descubro que eles também estão vindo com um discursinho manjado sobre ser o festival mais sustentável do Brasil, reciclar lixo e blábláblá. Alguém se lembra do SWU ano passado? Eu não fui, mas li inúmeras críticas sobre essa pseudo tentativa de ser um festival ecológico e não deu nada certo. Cervejas caríssimas, você não podia levar sua própria comida e não sei mais o que.

Sinceramente, o pessoal que organiza essas coisas realmente acha que esse tipo de coisa funciona aqui no Brasil? Claro que não. Brasileiro é mal educado, porco e a maioria vai pra esse festival pra zonear, jogar lama nos amigos achando que está em Woodstock e fumar MUITA maconha. Aliás, o cheiro de maconha é insuportável. Depois de 14h sentindo o pessoal fumando do meu lado, eu saí de lá MUITO lesada, fiquei chapada por tabela.


Mas só pra não acharem que eu sou azeda, existem sim motivos pra ir num festival desse porte.
- Vale pelo rolê. Pela viagem com os amigos, pela zona que vocês farão na estrada, pelas pessoas que você provavelmente vai conhecer lá dentro ou na fila. Isso com certeza vai render boas risadas e ótimas histórias pra se contar para os filhos depois.

- Vale por algumas bandas. Quem nunca viu o Metallica ou o Axl ao vivo com certeza vai se emocionar. É sempre emocionante, arranca lágrimas. A atmosfera desse tipo de show é algo que só quem curte essas loucuras consegue sentir. Como eu já vi o Metallica faz 1 ano e pouco (e vi da grade, diga-se de passagem) e também já vi o Axl bem pertinho de mim, não vale a pena sair daqui, tentar ingresso na porta pra assistir de longe.

- Bem ou mal, você está indo no ROCK IN RIO. Ok, o festival pode não ter mais aquela aura especial de 1985 ou 1991, mas ainda sim é o Rock in Rio. Mais uma vez, boas histórias pra se contar por aí.

- Você indo, poderá depois falar bem (ou mal) do evento com conhecimento de causa, o que não vai te deixar passar por ignorante quando o assunto for Rock in Rio.




Eu não vou.
Não vou porque tenho outros objetivos que pretendo alcançar em Março do ano que vem, porque quero guardar uma grana, porque vai ter o SWU e provavelmente eles trarão o Foo Fighters (se isso acontecer mesmo, terei que engolir a língua e ir ao show sem reclamar). Não vou porque não tem mais ingresso e eu não quero sair por aí desesperada a caça.
Não vou porque estou cansada, não tenho mais muita paciência pra essa aglomeração de pessoas, porque estou com preguiça de me locomover da minha cidade linda para ir até o (eca) Rio de Janeiro e de repente passar nervoso.
Pode ser que mais pra frente surja um novo lote, pode ser que eu dê um jeito de ir pra assistir o Axl de novo... mas por enquanto, eu vou... ficar em casa.