sábado, 26 de junho de 2010

"Sua gorda"


Fazendo uma pequena pausa na sequência de postagens sobre os cd's que mudaram minha vida, pra falar de algo que eu venho me segurando faz um tempo.

No finalzinho do ano passado todo mundo resolveu fazer um Formspring.me. Inclusive eu. E claro que não demorou pra aparecerem perguntas feitas de forma anônima que não estavam me perguntando nada, apenas me atacando com coisas do tipo: "você além de gorda é feia. Por quê você não emagrece? Que tal fazer uma dietinha? Sua gorda ridícula, você não é gostosa. O cara que te come, deve estar matando cachorro a grito" entre outras coisas sutis e educadas de pessoas que aparentemente se preocupam mais com o meu peso e minha forma física do que eu mesma.

De vez em quando aparece uma ofensa aqui, outra ali mas eu tenho tentado responder cada vez menos, porquê:
1- responder esse tipo de ofensa é exatamente o que essas pessoas desocupadas querem. Ibope, agito uma vez que provavelmente levam uma vida medíocre, a ponto de terem tempo suficiente pra se preocuparem com a vida alheia

2- chamar uma pessoa de gorda, feia, biscate, vadia é muito anos 90. Ok, talvez o biscate e vadia nem tanto, mas o gorda sim. TODO MUNDO que me conhece já me chamou de gorda um dia e se não chamou, VAI CHAMAR. Pelo simples fato de que eu SEMPRE fui assim, mais cheinha, com o rosto mais redondo e sempre precisei me preocupar com os ponteiros da balança. Ou seja, me chamar de gorda, balofa, free willy é MUITO clichê. Será que é tão difícil assim ser criativo?

3- COMO que alguém consegue se interessar TANTO pelo meu peso a ponto de entrar numa das minhas redes sociais com o intuito de dizer aos quatro ventos que eu estou acima do peso? Porquê honestamente, só uma pessoa muito interessada em mim poderia fazer isso... não?



Hoje, fuçando na internet e na vida alheia (literalmente abro um parênteses aqui para criticar a hipocrisia de pessoas que fazem cara feia quando lêem esse tipo de coisa. TODO MUNDO já fez isso um dia. E se você diz que não, está MENTINDO e mentir é feio!), acabei caindo num Formspring.me de uma menina que eu não conheço, nunca vi pessoalmente mas que pelo que li também sofre com os mesmos tipos de anônimos que aparecem no meu. Li coisas do gênero: esquece de estudar e vai fazer uma plástica, ser gordo é feio e indigno (JURO que eu li isso), você de biquini é deprimente, sua feia mal cuidada e gorda e etc etc etc.

Lendo isso, disse em voz alta sozinha: meu, como as pessoas são tão perversas?
Sério, isso pra mim é algum tipo de perversão e das mais assustadoras. Alguém que aparentemente está MUITO desocupado, se dá ao trabalho de entrar em redes sociais de uma pessoa que não gosta, e com sua imensa coragem (/ironia) fica mandando recadinhos anônimos ofensivos, desnecessários e infantis, sendo que o real propósito do tal Formspring.me é o de mandar PERGUNTAS. Ahn sim, tem gente que não sabe brincar, né? Que pena. Enfim...

É triste - e deprimente - ver como muitas pessoas tem a cabeça fechada em pleno 2010. Pessoas que acham que só é bonito quem é magra, esquelética, tenha corpo super atlético. Mulheres como eu que são baixinhas, com MUITA celulite na bunda, estria no peito, rosto redondo e cheinho, um culote grande, barriga saliente e os famoso pneuzinhos são consideradas feias, fora do padrão (padrão?) de beleza e estética e nem deveriam sair de casa.

Confesso que eu estava (ainda estou) beeem incomodada com o fato de ter engordado horrores de uns meses pra cá e por isso estou indo ao endocrinologista e sim, estou tomando remédios para emagrecer. Mas não faço isso para agradar os outros ou porquê me senti ofendida ao ser chamada de gorda. Tô indo atrás uma pela questão saúde (sobrepeso traz inúmeros malefícios que todo mundo sabe quais são) e outra, pela questão estética SIM! É horrível deixar de usar várias coisas no seu armário porquê não servem mais, ou tudo o que for provar na loja fica feio. Mas não faço esse regime esperando que vá ficar como a Gisele Bundchen por exemplo. Sei que JAMAIS vou ter um corpo de modelo, porquê meu biotipo NÃO foi feito pra tal. E se querem saber, AINDA BEM. Gosto de ter uma carninha sobrando, porquê os homens A-DO-RAM ter onde apertar e morder. Como diria minha amiga Ludimyla: "eu sou tão mulher, mas tão mulher que até sobra"; hahahahahaha.

E para encerrar (na tentativa de cortar minha empolgação literária antes que eu fique divagando demais e perca a linha de raciocínio): eu não sou de fazer apologia a nada. Acho que quem quer ser magro que seja e quem quer ser obeso, vai em frente. Sou a favor de cada um ser feliz dentro daquele padrão que te faz feliz. A felicidade pra você é comer um whooper triplo com queijo acompanhado de batatas fritas e refrigerante grande? Vai em frente! O sinônimo de alegria é passar a vida à base de saladinha, barrinha de cereal e leite de soja porquê você tem PAVOR de engordar? Ótimo, seja assim! Mas certifique-se de que você será MUITO FELIZ com as decisões que tomar.
O que não vale é perder tempo útil de vida xingando alguém que, honestamente, está pouco se fudendo com o que você pensa ou deixa de pensar.

-Ana-









PS: esse link é perfeito para o post de hoje. Me mandaram semana retrasada e guardei com todo o carinho do MUNDO. Porquê quem gosta de osso, é cachorro ;-)

http://gostosa.tumblr.com/

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Cd's que mudaram a minha vida parte 2: Depeche Mode - Ultra


Estou postando pela ordem das minhas bandas top 3, pela ordem.
A segunda, logicamente é o Depeche Mode. E eu sempre costumo dizer que se o Guns não existisse, o Depeche com certeza seria minha banda número 1.

O Ultra não foi necessariamente um cd que mudou a minha vida. Talvez mais pelo lado simbólico, pois foi o primeiro cd que eu COMPREI deles. Eu já conhecia muitas músicas do Gahan & cia antes de comprá-lo. Aliás, eu me lembro de quando fiz a compra. Foi num dia de semana, eu já estava de férias e estava passeando pela Galeria do Rock. Isso foi em 2005. Entrei numa loja que sempre gostei de frequentar, primeiro porquê o atendente sempre foi super atencioso comigo e depois que os preços de lá são bem camaradas. Infelizmente não vou me lembrar o nome da loja agora, mas o que importa foi que entrei lá nesse dia procurando algum cd, mas sem especificar de qual banda, de qual estilo...

Foi quando o vi na prateleira. Ele tinha outro cd do Depeche prá vender (creio eu que era o Excited), mas acabei ficando com o Ultra, porquê tinha a It is no good, que era a única que eu conhecia. Prontamente, eu saí da loja e coloquei o cd prá tocar no meu saudoso discman. E foi aí que eu comecei a descobrir outras músicas do Depeche; aquelas que eu nunca tinha ouvido falar, que não eram super ultra mega famosas.
Confesso que no começo me decepcionei um pouco, pois o cd não tinha sido lançado nos anos 80 e sim em 1.997. Então eu tinha a sensação de que a sonoridade era um pouco diferente das outras músicas que eu conhecia deles. Porém, essa sensação de estranheza durou muito pouco. Rapidamente me apaixonei mais ainda pela banda, pela voz do Gahan, pelas melodias, as letras, os ritmos... tudo.

Acho que uma das músicas mais lindas que tem nesse cd é a Home (para ouvi-la, clique aqui). Não é cantada pelo Gahan e sim pelo Martin Gore que tem uma voz tão linda quanto o Dave. A melodia dela também é tão maravilhosa, arrepiante, sensível... nossa, não tem palavras prá descrever essa música e/ou o que eu sinto quando escuto Depeche Mode.



É... talvez eu tenha me equivocado um pouco no começo no texto ao dizer que não foi necessariamente esse cd que tenha mudado minha vida. Pensando melhor, mudou sim. E muito. Foi através desse cd que eu descobri um "novo" Depeche Mode, com novas músicas até então desconhecidas prá mim. E que fez com que eu ficasse ainda mais apaixonada por essa banda maravilhosa!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Cd's que mudaram a minha vida parte 1: Guns n' Roses Live Era 87-93


Começando uma sequência de posts no blog hoje sobre alguns cd's que eu considero sendo um marco na minha vida.

E nada mais justo do que começar com a banda da minha vida, Guns n' Roses. Teoricamente, quem é fã dos caras, começa pelo Apettite for Destruction por ser o cd mais foda, que tem mais sucesso e blábláblá. Mas o primeiro cd deles que eu tive foi o Live Era.

Lembro que no finzinho de 1.999 eu já estava em Peruíbe prá passar o natal na casa dos meus avós como todos os anos. Daí, uma tarde eu estava deitada no sofá vendo um programa de clipes que passava numa emissora X na época e começou a passar o clipe da Sweet child o' Mine. E como já contei aqui algumas vezes, foi a partir desse momento que eu "despertei" pro Guns n' Roses. De repente, do nada eu passei a amá-los como eu fazia quando tinha meus 3 anos e namorava um Axl imaginário. Na hora, passei a mão no telefone, fiz um DDD pro meu pai e: paaaai, o Axl é lindo, Guns n' Roses é a melhor banda do mundo eu quero o cd deles de presente.

E dias depois, na hora de trocar os presentes de natal, lá estava ele. Novinho em folha, duplo, encarte com cheiro de recém saído da gráfica, sem nenhum risquinho, nenhum rachado na caixinha. Pronto para que eu o escutasse repetidas vezes no meu walkman comprado na minha viagem prá Disney alguns meses antes.
E foi o que aconteceu durante o finzinho de 1.999 e todo o resto do ano 2.000. Eu não conseguia parar de ouvir aquele cd, em apenas um mês decorei todas as letras, as falas entre as músicas, dormia ouvindo November rain e acordava escutando Welcome to the jungle. Tenho quase certeza que esse foi o cd que eu mais ouvi na vida.


Bom, prá eu completar a discografia do Guns foi em questão de meses. Logo comprei os Use your Illusion, o Lies, alguns não-oficiais, o The Spaghetti Incident e por último o Apettite for Destruction. Naquela época estava MUITO difícil de achar, pois não tinham relançado todos. Acredite, nem na Galeria do Rock eu consegui comprar. Fui dar sorte numa loja pequena de cd's no shopping West Plaza e que eu nem sei se existe ainda. De qualquer maneira, agradeço àquele estabelecimento por terem o cd no catálogo.








Atualmente, eu tenho ouvido pouco o Live. Os dois cd's estão com VÁRIOS riscos (certeza absoluta que foi o fator ouvir muito+carregá-lo prá cima e prá baixo) e justamente por ter escutado muito, dei uma enjoada. Mas algumas versões das músicas do Guns eu prefiro ao vivo, como Yesterdays, Knocking on heavens door e November rain que é ÉPICA!!!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Notas de uma vida irônica

No dia 14/09/2007 eu conheci uma pessoa. Um homem. Ficamos naquela noite, era uma sexta-feira e quando nos beijamos foi como se o que estava acontecendo ao nosso redor, tinha parado. Cena de filme mesmo. A partir daquele beijo eu me apaixonei loucamente por ele. Em 27/09/2007 ele me pediu em namoro. Sim, num curto espaço de duas semanas viramos namorados e em um mês mais ou menos já declarávamos "eu te amo" um ao outro.

Foram 10 meses de namoro com essa pessoa. Ele era exatamente tudo o que eu sempre idealizei num homem. Alto, magro, rosto quadrado, sorriso lindo, beijo delicioso, cabelos longos e lisos. Nossos gostos musicais eram muito parecidos e na cama... bom, era uma delícia também. Mas em agosto de 2008 o namoro acabou. Na verdade, ele já tinha acabado em abril do mesmo ano, mas tanto eu quanto ele empurramos uma situação já quase insustentável com a barriga até o derradeiro momento do: não dá mais, precisamos terminar MESMO.
E eu sofri. Sofri muito. E não foram alguns poucos meses de fossa. Foi mais de um ano, mais do que eu podia imaginar, mais do que minhas lágrimas e meu coração já dilacerado podia aguentar. A gente ainda tinha algumas recaídas, mas nada que significasse algo para ele. Somente para mim, esperançosa, tola, sofrida e magoada.

Eis que em 2009 aconteceu algo que eu não imaginava. Quer dizer, eu não QUERIA imaginar - pois sabia que uma hora ou outra isso ia acabar acontecendo. ELE começou a NAMORAR... uma OUTRA MENINA! Ele não me quis de volta, ele conheceu uma outra pessoa, se apaixonou e logo começou a namorar com ela.

Aquilo prá mim foi quase como o Apocalipse. Instantâneamente eu passei a odiar a namorada atual. Achava defeito em tudo, tirava sarro de suas fotos, fazia provocações virtuais, encarava quando encontrava pessoalmente, fiz todos os meus amigos odiarem ela também. Eu gostava de brigar com ela, mas ao mesmo tempo aquilo parecia pesar umas 10 toneladas sobre as minhas costas.




Foram meses de ódio mortal contra uma pessoa que eu sequer conhecia pessoalmente, sequer tinha trocado um OI. Até que um belo dia, por uma intervenção do destino ou qualquer coisa que o valha, eu e ela passamos a nos falar por MSN. Primeiro para deixar tudo em pratos limpos. Ela entendeu o meu lado, o porquê de eu ter pirado e eu entendi o lado dela. Essas conversas aos poucos foram tornando-se diárias. Não tinha mais roupa suja para lavar, eram apenas conversas fúteis, típicas do Messenger. Quando eu me dei conta, estava falando sobre o meu ex (seu namorado) como se estivesse falando de uma pessoa qualquer. Sem que isso me doesse por dentro.

Mas foi nesse último fim-de-semana que aconteceu o que prá mim é o mais, hmmm, extraordinário até agora: nos encontramos em um bar para ver o show de uma banda cujo meu irmão E o meu ex namorado fazem parte. Eu e ela não ficamos nos encarando ou querendo briga. Pudemos olhar uma para a outra sem vergonhas, sem clima ruim, conversar como duas pessoas civilizadas. Como se nada daquelas atitudes infantis tivessem acontecido. E pude ver ELE com ela, sem que isso me fizesse sofrer AINDA pelo rompimento.





Irônico? Eu diria que sim.
Eu não sou muito boa em escrever, mas tenho certeza que Nelson Rodrigues faria uma ótima crônica sobre isso.

sábado, 12 de junho de 2010

Dia dos namorados


Aaahn o dia dos namorados. O famoso 12 de junho. A data que todos os pombinhos aguardam ansiosamente para poderem ter seus momentos a sós, trocarem presentes e fazerem juras de amor eterno.

Para alguns, essa data significa tentar jantar num restaurante um pouco mais sofisticado do que estão acostumados e depois, CLARO irem direto para um motel onde poderão trepar muito, dormirem de conchinha um nos braços do outro e acordarem no dia seguinte com aquele sorriso de orelha a orelha e um olhar de peixe, cara de sonso, borboletas no estômago. Mas claro que antes disso, eles precisarão enfrentar filas imensas, a boa vontade de algum outro casal liberar a mesa para eles no restaurante ou a suíte mais cara daquele motel na beira da Raposo Tavares.

Para outros, essa é a época de gastar os tubos com presentes, surpresas, lingerie nova, flores, chocolates e todos esses presentes clichês de dia dos namorados. Mesmo que a pessoa esteja guardando dinheiro há 26 anos para dar entrada num carro ou numa casa, não importa. No amor vale tudo, inclusive gastar toda sua poupança num presente i-n-e-s-q-u-e-c-í-v-e-l. Mas quem não tem dinheiro guardado, é desempregado ou ganha pouco acaba se virando como pode. Uma carta apaixonada (com direito a perfume no papel), uma telemensagem bem brega, uma única rosa de plástico (por que você quer flor de verdade meu amor? Elas murcham. A de plástico você vai ter prá sempre) ou até mesmo aqueles chamados "telegramas animados", que faz com que a pessoa que o recebe sinta a maior vergonha da face da terra e queira se matar logo em seguida. Ou não, porquê ela está TÃO apaixonada que não consegue enxergar o quão brega é esse tipo de iniciativa.

Alguns casais aproveitam para trocar alianças (o simples namoro pode virar um noivado e um noivado pode virar um pedido de casamento), oficializar a relação mesmo que estejam saindo há 4 anos seguidos e todo mundo no fundo sabe que aquilo ali É um namoro. Outros enfrentam filas quilométricas no Cinemark para assistir à alguma comédia romântica, abraçadinhos. Depois irão comer um founde, e em seguida ele vai deixá-la em casa. Mas não sem antes ficarem se beijando e se agarrando loucamente dentro do carro dele, aumentando o tesão de ambos.

Os casais adolescentes tem um pouco menos de liberdade. No máximo uma voltinha no shopping, a troca de presentes no metrô - presente esse que foi comprado às custas do dinheiro dos pais, por isso é apenas uma lembrancinha - os beijos quentes na frente de todos com direito a velhinhos e velhinhas passando perto e com olhares de reprovação e mais uma vez as juras de um amor que daqui alguns meses vaii acabar, mas na mente do casal, vai ser prá sempre. Mesmo que eles tenham apenas 14 anos.

E sabe aquele casal de amigos que você sabe que o cara trai loucamente a namorada o ano inteiro, dá perdidos, não atende telefonemas? Então, no dia 12/06 ele entra no Orkut dela e deixa o depoimento mais apaixonado, lindo e emocionante que alguém pode receber. Diz que não tem olhos prá mais ninguém, apenas prá ela. E ela retribui com um post no fotolog, onde coloca uma foto dos dois sorrindo e felizes e escreve palavras/frases bonitas como: "nunca amei ninguém na vida até te conhecer", "meu amor por você é prá sempre e nada vai nos separar" ou ainda "como posso me apaixonar pelo mesmo homem todos os dias? você é perfeito". Quem não conhece, diria que eles são o casal-modelo.


Mas nem tudo são flores (com o perdão do trocadilho) nesse dia. Tem aqueles que não namoram, não estão ficando com ninguém. E cada um se comporta de um jeito.
Uns (mulheres de preferência) optam por nem sair da cama. Estouram um balde de pipoca e ficam na frente da televisão assistindo TODOS os filmes românticos que aquele canal da TV paga selecionou especialmente para esse dia. Ela vai se encher de comida, lágrimas e rancor por estar sozinha MAIS UM ANO. E no fundo, ela deseja ser a personagem principal de filmes como 10 coisas que odeio em você ou O amor não tira férias.

Mas também tem aquele grupo de pessoas que não está nem aí. Dia 12 é um dia como outro qualquer. Alguns trabalham, outros encontram seus amigos também solteiros e vão todos para um bar encher a cara e fazer aquele velho discurso de: vamo beber, porquê namorar tá foda. Ou "prá que namorar, meu? Gastar dinheiro com os outros, ter trabalho, dar satisfação. Eu hein, prefiro ficar do jeito que estou".
No fundo, eles sabem que falam isso da boca prá fora. Que o que eles queriam mesmo era um companheiro(a), um cobertor de orelha. Alguém que o fizesse sentir borboletas no estômago quando o beijasse. Alguém que lhe desse um abraço daqueles que não poderia nunca ter fim e que lhe fizesse uma surpresa no tal dia dos namorados.









Quanto a mim, há quase dois anos solteira digo que esse ano comemorei como sempre comemoro: na companhia da minha mãe e comprando roupas novas na José Paulino. Depois, voltei prá casa, coloquei meu pijama, deitei no sofá debaixo do edredom e fiquei vendo TV. Assisti desde "Vai dar namoro", passando por "Diário de um adolescente" e até mesmo comédias românticas melosas onde tudo dá certo no final.
Não, não me enchi de porcarias comestíveis, não chorei compulsivamente e indignada por quê meus casos amorosos não tem um final feliz como nos filmes e nem me senti a criatura mais rejeitada do mundo. Simplesmente porquê, se estou sozinha até hoje, é porque ainda não surgiu AQUELA pessoa. Aquela que vai me deixar tonta, com borboletas no estômago e fazendo declarações apaixonadas aos 4 ventos. Como os casais que eu descrevi lá em cima.


Foto: ROBERT DOISNEAU

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Deathstars: São Paulo 30/05/2010


Outra resenha minha que saiu no site Whiplash sobre o show do Deathstars.


Maio foi um mês agitado em termos de shows. Tivemos ZZ Top, UFO, Eric Martin & Jeff Scott Soto e pra fechar com chave de ouro, Aerosmith e Deathstars. Domingo (30/05/2010) foi dia de todos os góticos tirarem do armário seu melhor visual e irem em direção ao Carioca Club curtir a primeira apresentação dos suecos em terras brasileiras.

O show estava previsto para começar às 20h. Antes disso, o local se transformou numa verdadeira pista de dança para o público que já estava lá dentro. Com músicas que iam de Guns n’ Roses a Rammstein, passando por 69 Eyes, a trilha sonora só serviu prá aumentar a ansiedade dos fãs. Os camarotes estavam lotados e as pessoas já se amontoavam na frente do palco. Até que às 20h15, o telão levantou e ouve-se uma introdução. Até que a cortina se abre e pouco a pouco os integrantes da banda vão entrando no palco. O último a fazer sua aparição é o vocalista Whiplasher, com seu visual a La Marilyn Manson, cap e muito gliter nos cabelos.

A primeira música a ser executada foi "Night Electric Night", do álbum homônimo, lançado ano passado. Incrível ver como a banda tem presença de palco e como os fãs são... fãs! Cantando todas as letras, gritando, dançando. O som da casa, mais uma vez estava poderoso e continuou assim até o fim da apresentação. A segunda música, "Motherzone" (do álbum "Termination Bliss") exaltou mais ainda os ânimos dos presentes. O baixista Skinny Disco parece um louco rodando seus dreads sem parar e cantando com seus vocais gritados e agudos. Completando a cozinha, o baterista Bone W. Machine também mandou muito bem. Aliás, a banda mostra um entrosamento de dar inveja à alguns veteranos.

Com um set voltado mais para as músicas do seu último álbum, o público não desanimou um minuto sequer, cantando em uníssono todas as letras. Mas claro que um dos pontos altos da noite foram as mais antigas, como "New Dead Nation", anunciada por Whiplasher como a hora de voltar às raízes. Todo mundo foi ao delírio. A banda continuou incansável, o baixista teve que tirar a camisa (sim, fez calor dentro do Carioca Club a esse ponto). Aliás, importante ressaltar a versatilidade vocal que tem Whiplasher. Cantando desde o menor sussurro, até a voz mais grave, o cara mostrou que tem talento de sobra além de muito carisma, fazendo todas as meninas ali presentes suspirarem por seu visual andrógino.

Outras músicas das antigas que fizeram o Carioca ferver ainda mais foram "Tongues", "Blitzkrieg", "Cynade" e "The Revolution Exodus", essa última do primeiro trabalho da banda lançado em 2002. Mesmo nas músicas do "Night Eletric Night" a galera não parou de cantar. Isso foi uma das coisas que mais me impressionou, a receptividade brasileira com uma banda que não faz parte do mainstream. O quinteto sueco foi ovacionado durante toda sua apresentação.

Depois de "The Revolution Exodus", a banda sai do palco e dá uma pausa. O público todo gritava o nome da banda, esperando que eles voltassem. O tradicional bis estava a caminho e com ele, aquela sensação de: “ahn não, o show tá acabando”. Com uma bandeira brasileira cobrindo o bumbo da bateria, o bis começou com "The Last Ammunition". Mas o gran finale ficou mesmo por conta de "Play God". Naquele momento, tive a sensação exata de estar em um verdadeiro exército. Um exército de fãs, com punhos cerrados para cima gritando "hey, hey, hey!", onde o general supremo era Whiplasher. E ele soube comandar muito bem esse exército, com um encerramento memorável de mais um show prá ninguém botar defeito.

Quem esperava que eles tirassem a roupa no palco, decepcionou-se. Quem esperava o cover de "White Weding" (Billy Idol), também. Mas o show foi perfeito, de uma banda poderosa em cima do palco, tecnica e cenicamente irrepreensível. Agora é torcer para que eles não demorem a voltar pras nossas terrinhas brasileiras.

Set list:
Night Electric Night
Motherzone
Semi-Automatic
Mark of the Gun
Arclight
New Dead Nation
Babylon
Tongues
The Fuel Ignites
Damn Me
Chertograd
Blitzkrieg!
Blood Stains Blondes
Cyanide
Trinity Fields
Death Dies Hard
The Revolution Exodus
The Last Ammunition
Play God


Para ler diretamente do site, clique aqui

E para ver todas as fotos, clique aqui

Ahn sim. E se você não conhece Deathstars, recomendo procurarem no Youtube, porquê vale a pena. Uma amostrinha



-Ana-




Ps; o próximo show é o do Lacuna Coil. Não comprei meu ingresso ainda, mas espero conseguir entrar de graça prá resenhar depois. Esse lance de falar sobre shows está REALMENTE me agradando.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Zeitgeist


Uma das matérias que eu estou tendo esse semestre na faculdade chama-se Análise Crítica. E a professora pediu prá que a minha sala assistisse dois documentários e fazer uma resenha dos mesmos depois. Um chama-se The Corporation e o outro, Zeitgeist.


O Zeitgeist eu nunca tinha assistido. Uma amiga minha já me havia recomendado há tempos, mas nunca parei prá assistir. E esse fim-de-semana, por conta desse trabalho eu pude parar, assistir e prestar atenção.
E é SURREAL!
Não dá prá explicar exatamente sobre o que é, tem que assistir. Aliás, todos deveriam assistir. TODOS! E mais que uma vez, porquê tem bastante informação e é preciso digeri-las todas com calma.

Eu pensei em copiar e colar aqui a resenha que eu entreguei prá professora, mas acho que cada um deve assistir por si só. Começa falando sobre religião, dando uma sutil criticada no Cristianismo. Vocês sabiam que existem mais coincidências entre o Cristianismo e o Zodíaco do que imaginam? E que os Estados Unidos gasta mais dinheiro com guerras e poderio bélico do que com educação? E que eles só tem parques de diversões, inúmeras revistas, programas de televisão e uma imensa gama de entretenimento com o propósito de manter a cabeça dos norte-americanos ocupada, assim eles não percebem o que seu governo vem aprontando?





Enfim, fica a minha dica, vale MUITO A PENA

http://video.google.com/videoplay?docid=-2282183016528882906#









Mas se você é chucro, ignorante ou não se interessa por quase nada, nem tente assistir esse documentário. Não vai durar nem 5 minutos prá você.


Ana

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Como Ser um Verdadeiro Universitário


No post de hoje, eu, Ana Clara, vou ensinar como ser um verdadeiro universitário.

SEJA ARROZ DE FESTA: não importa se a faculdade de Teologia vai fazer um retiro espiritual num sítio durante um fim-de-semana e você estuda Direito. Você TEM QUE IR em todos os eventos que a sua universidade promover. TODOS, entendeu?
Aqui inclui micaretas, bota-dentro, bota-fora, churrascadas, formaturas...

FREQÜENTE O BAR: mesmo que você estude de manhã, sua gastrite esteja atacada e você tenha aquela prova super importante que vai lhe garantir a nota prá passar do semestre, você PRECISA beber ao menos UMA cerveja. Depois, quando as aulas terminarem, volte para o bar e fique lá até... bom, até a hora que alguém precisar chamar a ambulância, pois você está dando sinais visíveis de que está tendo um coma alcoólico.
Agora, se você estuda a noite a coisa fica mais fácil. Chegue na faculdade, encontre todos os seus outros amigos-universitários, diga: só vou beber uma prá relaxar e fique por lá. Não suba prá aula, não faça provas, não apresente seminários. Se você quer mesmo ser um universitário, seu lugar é no BAR e não na sala.

FUME MACONHA: é essencial que a cerveja citada acima esteja acompanhada da erva danada. O mesmo esquema: se você estuda de manhã, fume antes da aula. Saia dela e continue fumando até duendes e cachoeiras douradas aparecerem na sua frente. Impregne mesmo o cheiro em todos a seu redor, pois é isso que os verdadeiros universitários fazem.

ASSISTA AO MÍNIMO DE AULAS POSSÍVEIS: não importa se você gasta os tubos com matrícula, material, mensalidade ou qualquer coisa que o valha. Quanto menos você assistir as aulas, mais universitário você vai ser. É prá isso que o bar existe, oras bolas. E quando você resolver assistir àquela aula de Ética que você não aparece faz umas 5 semanas, chegue embriagado/drogado na sala de aula e cause o maior mal estar que puder. Relaxe, porquê nada vai acontecer a você. Os professores de hoje não tem mais autoridade o suficiente e no mínimo todos os seus amigos-universitários vão rir das merdas que você falar e te achar o máximo.

VÁ AOS JOGOS UNIVERSITÁRIOS: universitário que é universitário acha o máximo gastar R$300,00 (ou até mais, depende de onde você estuda) em uma viagem de 4 dias em ônibus com bebidas quentes, drogas, dormir mal-acomodado em alojamentos (os famosos “alojas”, palavra cuja algumas pessoas enchem a boca para mencionar) de escolas que ficam em cidades situadas nos confins do Estado de São Paulo, com chuveiro sem funcionar e noites maldormidas.
Ahn, tudo isso te incomoda? Não se esqueça, o objetivo aqui é ser um true universitário e prá isso vale tudo, até ficar sem tomar banho. Qualquer coisa você paga prá algum morador prá poder usar seu chuveiro e pronto. Não se esqueça: é fundamental você torcer loucamente pelos times da sua faculdade.

VÁ EM MICARETAS/RAVES/CRUZEIROS UNIVERSITÁRIOS: abada personalizado de cores berrantes, muvuca, trio elétrico, música eletrônica, bebida, beijo na boca de qualquer desconhecido e MUITA droga. Tudo isso faz parte da sua vida agora. Saia em fotos do ObaOba, cole no seu carro um adesivo de “Sou chicleteiro”, idolatre a Ivete Sangalo e saiba todas as músicas do Jammil de cor. E se um dia você tiver uma overdose em algum desses eventos, foi falta de sorte.

SEJA ENGAJADO: o engajado aqui não é de saber qual o nome do vice-prefeito da sua cidade, ou quais senadores foram contra o Projeto da Lei da Ficha Limpa. Isso é o de menos. Ser engajado aqui diz respeito a sua faculdade/universidade ou seu campus. Seja representante de sala, tenha uma chapa prá concorrer às eleições do seu diretório acadêmico, seja conhecido por todos. Sua vida política será bastante agitada, mas esse é um dos pré-requisitos básicos para ser um universitário com pedigree.

GASTE FORTUNAS NA SUA FORMATURA: aahn, a formatura. O momento que todos os estudantes, universitários ou não esperam. O fim de um ciclo, a despedida dos amigos, as promessas de que você e seus amigos nunca vão se separar.
Quando você está no Ensino Fundamental ou no Médio, quem paga a formatura são seus pais? Na faculdade vai ser a mesma coisa. Com a diferença que o preço vai ser pelo menos o DOBRO do que era quando você estava terminando a 8ª série e vai ser num... GALPÃO! Se possível seja da comissão da formatura, assim você será ainda mais engajado (ver item acima) e pode ter algumas regalias. Dê avisos na sala no meio da aula de revisão de Cálculo Aplicado sobre a festa começando seu discurso com: galera, rapidão, preciso avisar vocês que (insira o restante da frase aqui). Chamem um artista bem falido prá fazer um show especialmente prá vocês (Ivete Sangalo JAMAIS. Tem que ser um grupo tipo Molejo ou o Chrigor carreira solo) e creiam que esse será o evento de suas vidas. E se alguém da sala não quer participar da formatura (porquê não tem dinheiro, porquê vai viajar ou simplesmente porquê não SUPORTA as pessoas da sua sala), encha o saco dela prá fazer a adesão, até a pobre coitada ter vontade de cortar seus pulsos.

USE ROUPAS DE UNIVERSITÁRIO: isso se aplica mais àqueles que estudam a tarde ou quem não faz NADA o dia inteiro e não precisam se preocupar com que roupa vai usar prá trabalhar.
Para as meninas: no calor, shortinhos super curtos e justos exibindo suas tattoos de golfinhos, chinelos Havaianas ou rasteirinhas. No inverno, não se esqueça das botas de plataforma CARAMELO da Lui Lui por cima da calça jeans.
Para os meninos: bonés da Onbongo, correntes de metal, bermudas de surf (mesmo que você não saiba surfar), tênis que parecem ser uns 3 números maiores que o seu e uma camiseta de Porto Seguro (aquela que você comprou na viagem de formatura) de “Salva as lindas, afoga as feias”. Coisa phina, vai ser sucesso.

NÃO SE INTERESSE POR NADA: por nada que diz respeito a sua própria faculdade e/ou seu curso. Não leia livros recomendados (e faça cara feia quando a professora pedir uma leitura ou algo do gênero), não anote nada e não faça estágio. Assim você não terá tempo prá se dedicar integralmente a sua vida de universitário.
A única coisa que você tem que se interessar é sobre o próximo churras da galera, a próxima micareta ou evento social que você ficará bêbado, dará vexame, tentará beijar alguma menina e na segunda-feira todos estarão comentando sobre você e como você é demais, cara.




(Esse é um post meramente ilustrativo e exagerado, escrito com base nas minhas experiências).