quarta-feira, 26 de maio de 2010

ZZ Top São Paulo 20/05/2010


O que você vai ler a seguir é uma tentativa de resenha sobre o primeiro show do ZZ Top em terras brasileiras.


Pela primeira vez no Brasil, o trio texano, os barbudões do rock do ZZ Top tocaram no Via Funchal. Com apenas um show marcado anteriormente, devido a grande procura de ingressos, os produtores precisaram abrir uma nova data (que seria no dia seguinte). E mesmo com preços exorbitantes, a casa estava com sua capacidade máxima. Repleto de tiozões, motoqueiros, pais com seus filhos (meu caso) ou fãs de blues/rock/boa música, o clima da casa era bastante agradável, mesmo fazendo frio lá fora.

A abertura do show ficou por conta da banda do Hudson (aquele mesmo, da dupla sertaneja Edson e Hudson), Rollermax. Apresentando um som essencialmente instrumental, a banda no geral é boa e o público recebeu muito bem. Hudson dedicou àquele show ao Dio (mais uma das inúmeras e merecidas homenagens para um dos "deuses" do metal). O som da casa estava satisfatória, o que para mim é uma surpresa, pois apesar de gostar da casa, sempre tive a sensação que a acústica do Via Funchal deixa muito a desejar (vide Helloween em 2003).
Hudson e sua banda tocaram também alguns covers como Highway Star, do Purple e Mr. Brownstone do Guns n' Roses. Hudson em si é um ótimo guitarrista e mais rock n' roll que muita gente por aí. É uma pena que o cara tenha se vendido ao sertanejo prá ganhar uma grana, pelo menos por um determinado período de tempo.

Um fato importante a ser citado: durante todo o show de abertura, os telões não funcionaram. Estavam apenas com o seguinte recado: a pedidos da produção da banda, os telões permanecerão desligados. Houve um certo receio, ao menos da minha parte, de que isso se repetisse também na apresentação principal.




Sem mais delongas, a primeira banda sai do palco e pouco tempo depois, uma das locutoras da Kiss FM entra no palco, dizendo que o ZZ Top estava animado para tocar aqui em São Paulo, pois sabiam que aqui o público era mais animado e pedindo gritos de: olê olê olê olê ZZ Top.

Pouco tempo depois e lá estavam eles: Billy Gibbons (Guitarra e Vocal), Dusty Hill (Baixo e Vocal) e Frank Beard (Bateria), já abrindo com You Got Me Under Pressure, incendiando o Via Funchal. Realmente, os telões ficaram desligados durante todo o show. Graças a Deus, a casa é estilo "arena", então mesmo quem estava na pista normal, pôde ver tudo. As barbas imensas e a bateria monstra de Frank. O show segue com "Pincushion” e “I’m Bad, I’m Nationwide”. Mesmo os que não conhecem as músicas, estão batendo palma ou dançando. Um verdadeiro espetáculo de blues, feito por quem entende da coisa.

Billy é sempre simpático, conversando algumas vezes com o público (memorável quando ele chama duas meninas ao palco e eles dialogam e ele diz que chegou em São Paulo de bicicleta, arrancando risadas gerais. Elas perguntam tudo em português, e eles respondem em... PORTUGUÊS).
Além disso, os caras são performáticos, com suas guitarras e ternos, dancinhas. O entrosamento entre eles é absurdo e louvável, pois depois de tantos anos de banda, a formação continua sendo a mesma.

A banda tocou também Hey Joe, outra merecida homenagem na noite ao deus da guitarra Jimmi Hendrix. No telão ao fundo do palco, imagens que tinham relação com a(s) música(s) executadas, cenas dos próprios caras do ZZ Top compensaram o fato de que os telões laterais estavam desligados.
Em seguida, "I Need You Tonight”, “Brown Sugar” e “Party On The Patio” e "Just Got Paid" davam a tona de que o show estava em sua reta final. Porém faltavam a trinca de ás da banda. E ela veio, com "Gimme All Your Lovin’” (essa, provavelmente a música mais esperada de muitas pessoas ali presentes, pois foi a primeira vez que o Via Funchal cantou em uníssono), “Sharp Dressed Man” e “Legs.

Estava dando um aperto no coração por saber que o show estava acabando, mas como sempre dizem, tudo o que é bom dura pouco. O segundo cover da noite ficou para Viva Las Vegas, do rei Elvis Presley, outro momento alto da noite. Em seguida veio La Grange e prá fechar de vez, Tush.



Sim, ficou aquele gostinho de quero mais. Inclusive, quem podia bancar um segundo show saciou esse gostinho no show de sexta-feira. Mas foi uma apresentação impecável, que compensou direitinho essa espera de 40 anos.
Como disse uma amiga minha: foi um show prá vida!

CRÉDITO DA FOTO: ALEXANDRE CARDOSO
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