domingo, 27 de fevereiro de 2011

Fases da vida

Essa semana me peguei refletindo sobre isso... sobre as fases da vida.
Me lembrei de quando eu estudava no Nova Era, quando estava na 3ª série mais ou menos. Praticamente todo fim-de-semana tinha uma festinha de aniversário para ir. Meus pais, coitados, gastavam os tubos com presentes numa loja que tinha (achei que tinha falido, mas descobri ontem que ainda existe) no Center Norte, a Brinquedos Laura. Sexta era festa da Gabriela Alem num buffet da Zona Norte. No sábado, tinha aniversário da Thaís Cadernuto no salão de festas do prédio dela. Cada festa era uma coisa nova, mas ao mesmo tempo eram parecidas umas com as outras. Os mesmos buffets, as mesmas brincadeiras, o mesmo rapaz fantasiado de mágico fazendo aqueles velhos truques pras crianças... e quando alguém fazia festa num buffet que não era na Zona Norte? Nossa, ai era frisson. Geralmente a gente achava essas festas muito mais legais que as que aconteciam no Jardim São Paulo e arredores. Buffets maiores, com brinquedos mais modernos, lembrancinhas mais legais...

Aí, quando a gente tinha uns 11, 12 anos e ainda estávamos no Nova Era, as festinhas começaram a ficar mais "adultas". Alguns comemoravam os aniversários no Playland do Center Norte geralmente no meio da semana, o que gerava discussões entre pais e os filhos. Os pais achavam um absurdo seu filho ir dormir a meia-noite em plena Quaeta-Feira. Já a gente, queria liberdade e achava o máximo ir dormir tão tarde no meio da semana. Começaram também os bailinhos. Não precisava ser necessariamente aniversário de alguém. Bastava uma casa disponível, uma mãe afim de ficar de olho em 30 pré-adolescentes, alguns cd's dos Backstreet Boys, as melhores da Jovem Pan e pronto, a festa estava feita! Meninas levavam um prato de salgado e refrigerante, meninos levavam um prato de doce e lá pelas tantas, os casaizinhos estavam formados, dançando ao som de I'll never break your heart. Foi também mais ou menos nessa época que todo mundo começou a perder a "virgindade da boca". Eu mesma, beijei pela primeira vez aos 11 anos num desses bailinhos. Por sinal, o primeiro que o pessoal da minha sala promovia. Bons tempos... a gente era tão inocente e nem sabia. Achava que estava arrasando em dar um beijo de língua todo desengonçado no menino mais bonito da sala. E ai se os pais ficassem sabendo disso, né?

Infelizmente o período do Nova Era foi só até a 8ª séria. A escola não tinha colegial e tivemos que nos separar. Isso lá pelos 14, quase 15 anos de idade. Aí começou a fase das festas de debutante. Festas mais elaboradas, gastava-se mais dinheiro com os presentes e principalmente as roupas. O medo de aparecer com o mesmo vestido em todas as festas era algo sempre presente, pelo menos pra mim. Afinal, todas as festas tinham as mesmas pessoas. E a gente, no auge dos 15 anos achava o máximo dançar ao som de um dj qualquer tocando putz putz comercial, tentar roubar um copo de chopp da parte dos adultos e ir embora lá pelas 2, 3 da manhã.

Logo as festas de debutante acabaram e começou a época das festas em baladas na Vila Olímpia, onde nem sempre a gente entrava porque era preciso ter 18 anos e a gente tinha, em sua maioria, 17. Quantas e quantas vezes meu pai me levou até a porta de alguma balada, eu tentar desesperadamente entrar e não conseguir porque não tinha RG falso.

Aí as festas em balada da Vila Olímpia acabaram porque eu finalmente conheci pessoas que gostavam de rock e frequentavam lugares que tinham mais a ver comigo. E eu comecei a sair loucamente pra baladas tipo Ledslay, Madame Satã, Funhouse e coisas do genero. Ia de metrô, voltava de metrô feliz da vida me achando super independente e coisa e tal.

2011 promete ser a fase dos casamentos. Pelo menos 3 amigas minhas estão com casório marcado e eu já estou correndo atrás de roupa para tais eventos. Ano passado fui no meu primeir chá de bebê, de uma amiga minha que engravidou do namorado e estava toda feliz em saber q ia ser mãe.

É surreal pensar em como a vida passa tão rápido...

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