sexta-feira, 24 de maio de 2013

Um Vício Chamado Celular

Eu me considero uma pessoa dependente do meu celular e de suas funcionalidades, especialmente o acesso a internet que ele oferece. Fico irritada se o 3G da minha operadora cai, confiro se chegou mensagem no Whatsapp ou no Line diversas vezes ao dia e claro, acesso o Facebook e meu e-mail direto. As vezes eu tento me ponderar, sabe? Evitar de ficar acessando as redes sociais na balada ou na mesa do bar com os amigos, porque realmente acho feio essa falta de interação com as pessoas.
Mas no sábado passado aconteceu algo que me fez ver que meu vício não é nada, em comparação a de outras pessoas.

Fui ao Credicard Hall assistir ao musical do Michael Jackson, Thriller Live.
O show merece um parágrafo a parte, porque o negócio é incrível! Sério, é muita gente talentosa numa apresentação só. Cenário lindo, os arranjos das músicas perfeitos, as danças, coreografias, figurinos, a concepção do musical... enfim, lindo demais. Altamente recomendável! Achei estranho até que o Credicard estivesse meio vazio... acho que não tá rolando uma divulgação decente. Pena.

Mas o ponto de tudo isso foi a moça que estava sentada na fileira da frente da minha, perto de mim, do meu pai e de uma amiga. Antes mesmo de começar o espetáculo, aparece aquele vídeo com informações sobre a segurança, extintores de incêndio etc etc etc. E avisam: é proibido filmar ou fotografar. A gente sabe que essa proibição nunca funciona e que o pessoal da segurança faz vista grossa. Até aí ok, com um pouco de bom senso uma foto aqui e um vídeo ali não mata ninguém. O problema é que essa mulher não tinha um pingo de noção, educação, senso... NADA.
Tudo porque, enquanto todas as luzes estavam apagadas, ela INSISTIA em filmar USANDO A PORCARIA DO FLASH DO CELULAR! Sério, aquilo estava irritando de uma tal maneira que logicamente, chegou um determinado momento e eu tive que cutucar e falar

- Você pode tirar o flash do seu celular, porque está atrapalhando?
- Ai, mas tá atrapalhando você?

(ela disse isso só porque eu estava sentada atrás e não na frente dela, fala sério!)

- Tá sim. A mim e a todo mundo que está aqui atrás. Aliás, você deve estar atrapalhando quem tá aí na frente também.

- Mas eu não tô usando flash

- Não magina... eu que tô.

Depois dessa ela ficou mega sem graça e resolveu parar com o flash.
Mas o que mais me chamou a atenção foi o fato dela ter passado o show INTEIRO mexendo no celular, atualizando o Facebook, olhando e-mails... sem brincadeira, acho que se ela olhou pro palco mais de 3 vezes, foi muito!
Aí eu me pergunto: saiu de casa exatamente PRA QUE?

Sabe, eu sei que eu não tenho nada a ver com isso, cada um faz o que quiser da vida e se ela acha mais legal ficar olhando pro celular a aproveitar um puta show, isso é um problema dela. Mas aquilo foi tão surreal, tão, sei lá, esquizofrênico que simplesmente NÃO TINHA como não reparar. Eu fiquei besta, meu pai também e até a desconhecida do meu lado comentou a mesma coisa.

Como será que deve ser a vida de uma pessoa assim?
Prefiro nem imaginar...

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