terça-feira, 4 de outubro de 2011

É difícil ser fã...


Que eu escuto Guns n' Roses desde os meus 3 anos, sou fã do Axl, imitava o cara na frente da TV, choro igual criança, tenho um zilhão de pôsteres e etc, todo mundo já sabe.
Mas é difícil ser fã de um cara que conseguiu estragar sua carreira de uma maneira que provavelmente não tem mais volta.

Eu resolvi ir no Rock in Rio justamente por isso: porque sou fã e porque sei que se eu tivesse ficado em casa vendo pela TV eu jamais me perdoaria. Mas o show do "Guns" (entre aspas mesmo, porque né?) foi muito, MUITO aquém do que eu esperava.

Claro que eu sei que nunca mais vai ser a mesma coisa por vários motivos:
1- porque ele tá velho, a voz muda e ele nunca mais vai conseguir cantar do jeito que ele cantava antigamente. Mas isso é natural, as pessoas envelhecem e são poucos os cantores que conseguem manter a mesma qualidade de antes (Bruce Dickinson e Lemmy entram nessa categoria).

2- A banda ficou totalmente irreconhecível. São bons músicos? São, claro que são. Mas a gente sente falta daquela velha formação do Apetite, do Adler na batera, do Duff, do Slash e do Izzy.

Mas o que eu vi ali foi uma má vontade absurda do Axl. Show com a mão no bolso mesmo, do tipo: beleza, vamos tocar aí pra eu ganhar meu cachê e ir embora desse fim de mundo. Eu desacreditei nas caras que ele fazia quando tocou November Rain. Errando a letra. E Patience então? Disperso pra caralho... ainda comentei com a minha prima que tinha algo muito errado. Ela disse que achava que ele estava bem louco. Mas acho que não era droga não. Era o botão do foda-se ligado. Triste!

Não quero cair em defesa dele, só porque eu sou fã. Sei reconhecer quando está ruim, eu acho. E acho também que se for para ele continuar desse jeito, então que encerre logo sua carreira. Pra gente lembrar do Guns como uma das bandas mais perigosas do planeta. Lembrar daquele guitarrista com o rosto escondido por detrás dos cabelos e daquele baixista loiro-descolorido com uma pegada punk rock e cadeado pendurado no pescoço. Ou do baterista completamente maluco, que parecia não pertencer a esse mundo.

E vamos ver se essa má vontade vai persistir nos shows que ele fará em Buenos Aires e no México...

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