segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

2012: um balanço

Eu sempre tive um certo preconceito com anos pares. Parece besteira, mas é uma coisa muito minha. Meu ano de 2008 por exemplo, foi o pior ano de toda minha existência. Fui mandada embora de dois empregos, meu namoro terminou - e isso significou a fossa mais pesada que eu já passei e que perdurou até quase o final de 2009 - e nem a minha viagem pra Buenos Aires com os amigos pra ver o show do Motley Crüe foi o suficiente para apagar essas memórias ruins.

2010 também foi um ano bem mais ou menos. Valeu por ter emagrecido pra caramba naquela época e talz, mas sei lá... parecia que faltava alguma coisa. Essa história de ter ficado enganchada com alguém que nunca soube o que quis de mim, foi minando as minhas forças. Foi um ano pesado por causa do TCC, vários finais de semana trancada dentro de uma cozinha com mais 5 pessoas, correndo pra entregar o trabalho que ia definir minha nota mais importante na universidade.

Mas em 2012 tudo foi muito, muito diferente. Mais diferente do que eu poderia imaginar. 
Em 2012 eu conheci gente nova. Gente de outros países, de outros continentes. Conversei muito com eles, troquei informações, aprendi coisas novas, gastei meu inglês e ouvi inúmeros elogios em relação a ele. 

Em 2012 eu voltei a ter contato com gente que eu não via fazia tempo. Me afastei de quem me fazia mal, me atrasando emocionalmente. Demorou, mas eu finalmente consegui deixar de lado e esquecer. Se não deu certo nesse tempo todo, então é porque jamais daria, ué. Simples assim.

Em 2012 eu tirei minhas primeiras férias desde 2005. Consegui juntar dinheiro, comprar passagens, reservar hostels, tudo por conta própria. O que pra mim, Ana Clara, foi um feito muito grande já que eu sempre fui muito mimada e sem iniciativa alguma. Conheci um país novo, lugares inacreditáveis, paisagens maravilhosas, comi coisas diferentes e de quebra conheci O cara. 

Graças a esse cara, em 2012 eu voltei a sentir coisas que eu achei que estavam enterradas em mim debaixo de uma montanha de sentimentos mal resolvidos. Tive que reaprender meu espanhol, e agradeço DE VERDADE por todas as aulas que tive durante 9 anos da minha vida escolar. Finalmente elas me serviram para alguma coisa. 

Em 2012 eu quebrei meu preconceito com o Rio de Janeiro ao passar um feriado maravilhoso ao lado de pessoas super queridas. Curti a praia, tomei mate com limão, fiz balada carioca... tudo isso com direito a ficar hospedada no pé de uma favela em Copacabana. Quem diria...

Também viajei muito em 2012. Ahn, mas você só viajou sempre pro mesmo país, Ana, alguém vai dizer. Sim, viajei 3 vezes pro mesmo país. Mas a cada viagem, eu voltava com uma bagagem cultural e emocional GIGANTESCA. Conheci pessoas lindas, tomei cervejas diferentes, tirei milhares de fotos... um misto de sensações que sei lá como explicar...

Saí pouco de balada em 2012. Mas não me arrependo de ter ficado meio isolada esse ano. Valeu a pena pra poder juntar dinheiro e passar por tudo que descrevi no parágrafo acima. Acho que mudei em relação a minha vida noturna e isso foi bom. Amadurecer deve ser isso, né?

Também fui em poucos shows em 2012. Poucos em relação aos anos anteriores, onde eu não perdia um que fosse. Abri mão - com muita dor no coração, claro - de ver o Foo Fighters no Lollapalooza. Mas foi um mês antes das minhas férias e da minha viagem, mas a vida é isso... as prioridades mudam. Foram poucos shows, mas foram inesquecíveis. Kiss, Stone Sour, Marilyn Manson, Black Label Society, Madonna, Morrissey... 

Claro que nem tudo foi um mar de rosas. Em 2012 perdi minha Bellinha, minha cocker, companheira da minha família desde 2001. Foi horrível, é horrível até hoje, mas fico mais tranquila em saber que ela não sofreu na hora de morrer. E que com certeza, ela sabia o quanto era amada por todos aqui de casa.

Acabei perdendo contato com uma pessoa muito querida, que sempre foi minha parceira no crime, amiga. É triste, mas talvez seja melhor pra mim e pra ela. Pelo menos por enquanto, não sei...

Em 2012 eu fiz poucas resenhas pro Whiplash e entrei numa crise profissional que perdura até agora. Apesar de estar meio perdida, sem saber o que fazer, isso tem me feito pensar e repensar inúmeras vezes minhas escolhas profissionais, a ponto de me arrepender profundamente ter escolhido ser publicitária.

Meu natal de 2012 também foi lindo, ao lado das pessoas que eu amo, ao lado do meu namorado. Na casa que era dos meus avós, com uma árvore cheia de presentes para todos, uma mesa farta e todos com muita saúde. Isso pra mim, é o mais importante.
E pra encerrar, vou passar a virada de ano ao lado daquele cara. Aquele lá que mudou a minha vida e que desejo que esteja ao meu lado no próximo ano.

Confesso que estou com um pouco de medo de 2013. Esse ano que está acabando foi tão bom, mas tão bom que eu fico achando que 2013 vai ser uma merda. Fico pensando: depois de tanta coisa boa, alguma coisa ruim deve acontecer, não é possível.  Mas, resolução número 1 de ano novo: ser menos pessimista. 

Fato é que 2012 foi o melhor ano da minha vida. Melhor que 2007, que eu sempre considerei como sendo O ano. Mas 2012 veio com tudo e é isso.
Que venha 2013! Com o dobro de coisas boas de 2012. 


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